Joe Biden e Xi Jinping abordam temas chave para relação entre EUA e China

Xi Jinping e Joe Biden brindam em encontro realizado em 2015, quando o democrata era vice-presidente de Barack Obama

Joe Biden e Xi Jinping usaram a proximidade do Ano Novo Chinês como desculpa para terem a sua primeira conversa telefônica oficial, como líderes dos Estados Unidos e da China, nesta quinta-feira, 11. Depois que o presidente norte-americano transmitiu votos de felicidades ao povo chinês, ele passou a abordar questões que dificultam a boa relação entre as nações, que ficaram especialmente afastadas durante o mandato de Donald Trump. Sinalizando a intenção de manter a paz, Xi Jinping reconheceu que “um confronto entre a China e os Estados Unidos seria, sem dúvida, uma catástrofe para os dois países e para o mundo” e considerou a cooperação entre as nações como “a única escolha certa para ambos os lados”, mas não recuou em relação aos seus planos comerciais, diplomáticos e tecnológicos.

Um dos temas abordados por Joe Biden foi a sua intenção de preservar “um Indo-Pacífico livre e aberto”, importante rota comercial onde a China vem ampliando a sua influência. A este respeito, Xi Jinping limitou-se a um discurso diplomático, dizendo que “ambos os lados devem agir de acordo com as tendências mundiais,  salvaguardar conjuntamente a paz e a estabilidade na região da Ásia-Pacífico e fazer contribuições históricas para promover a paz e o desenvolvimento no mundo”. O presidente dos Estados Unidos avançou, então, para um território mais espinhoso e expressou a sua preocupação com “práticas econômicas coercitivas e injustas de Pequim, a mão pesada em Hong Kong, os abusos dos direitos humanos em Xinjiang e as ações cada vez mais autoritárias na área, incluindo Taiwan“. Nesse momento, Xi Jinping não alterou o discurso oficial da China, reafirmando a sua soberania sobre esses territórios. “As questões envolvendo Taiwan, Hong Kong e Xinjiang são questões internas relacionadas à soberania e integridade territorial da China. Os Estados Unidos devem respeitar os interesses centrais da China e tratar essas questões com prudência”, alertou.


Fonte: Jovem Pan

Comentários