Autoridades divergem sobre possibilidade de Lula disputar eleição de 2022; entenda

Lula foi preso em abril de 2018, após ser condenado em segunda instância no caso do triplex

O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a eventual suspeição do ex-juiz federal Sergio Moro voltou a gerar dúvidas sobre a situação eleitoral de Lula. A princípio, o ex-presidente continuará sendo ficha-suja, mesmo que os ministros aceitem o recurso da defesa e declarem que o então magistrado foi “parcial”. Isso porque a Lei da Ficha Limpa impede que condenados em segunda instância sejam candidatos. O petista já foi sentenciado em segundo grau em dois processos: no do triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo, e no do sítio de Atibaia, no interior paulista. Em live na semana passada, o ministro Gilmar Mendes ressaltou que a suspeição de Moro, se declarada, afetaria apenas para o caso do apartamento. “E essa condenação se cair afasta inexigibilidade nesse caso, em outros terá que haver uma nova discussão e um novo exame, de forma que essa inexigibilidade de Lula passa por esse debate, né?”

Apesar de garantir que a parcialidade de Moro afetaria apenas o caso do triplex, o próprio ministro Gilmar Mendes admite que uma decisão do Supremo “pode ter reflexos” em outros processos que Lula enfrenta. O advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins, durante o julgamento no STF que garantiu acesso às mensagens apreendidas na Operação Spoofing, sustentou que os processos contra o cliente têm várias irregularidades. “Esse material ele não diz respeito à intimidade de nenhum procurador, ele diz respeito a uma grande escândalo que está ocorrendo no sistema de Justiça do nosso país.”


Fonte: Jovem Pan

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