Juízo Final, Que País É Esse?, Erga Omnes, Radioatividade, Pixuleco, Acarajé, Aletheia, Xepa, Carbono 14, Omertà, Calicute: nomes criativos e subjetivos. A Polícia Federal planejava a executava missão atrás de missão. Foram 80 fases de um quebra-cabeças difícil de se montar e que, até hoje, gera discussões. Fim de madrugada e começo da manhã, o Japonês da Federal chegava com a equipe nas casas dos investigados. Quem não se lembra das cenas do policial de óculos escuros algemando poderosos do circuito de Brasília?
Os envolvidos em denúncias se sentiam acuados e grandes nomes da politica do país eram conduzidos pelos policiais, como no caso do ex-ministro José Dirceu. De acordo com investigações da Lava Jato, uma empresa em nome de Dirceu recebeu da Camargo Correa, de forma suspeita, cerca de R$ 886 mil. Outro petista, Antônio Palocci aceitou fazer delação premiada e, em troca, acusou o ex-presidente Lula de ter conhecimento sobre a corrupção. Antônio Palocci também foi acusado de pedir R$ 2 bi para a campanha de Dilma Rousseff e acabou preso em 2016.
Outro figurão da política envolvido, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha teria se beneficiado do gigantesco esquema na Petrobras. Já Sérgio Cabral entrou para o hall dos maiores corruptos do Brasil. O ex-governador do Rio de Janeiro foi réu mais de 23 vezes e condenado pelo menos 14. Carros de luxo, lanchas, joias e mansões: ao mesmo tempo que ele enriquecia ilicitamente, o Estado do Rio de Janeiro mergulhado no caos. Ao juiz Marcelo Bretas, o político se dizia vítima de injustiças. Entre as confissões para a Polícia e a Justiça, Sérgio Cabral admitiu que vendeu as Olimpíadas de 2016 no Rio.
Fonte: Jovem Pan