Uma controladora de tráfego aéreo evitou que duas aeronaves pudessem ficar em uma distância perigosa e até mesmo em rota de colisão no aeroporto de Congonhas, um dos mais movimentados do país, em São Paulo. Um Airbus da Latam que fazia o 3253 procedente do Rio de Janeiro se preparava para aterrissagem quando o piloto comunicou ao controle que a aproximação não estava estabilizada e precisaria arremeter. Imediatamente, a controladora da torre ordenou que um Boeing da Gol que já corria na pista para decolagem abortasse o procedimento. O comandante do voo 1456, que seguiria para Brasília, conseguiu frear a aeronave a tempo e permanecer em solo. Nas imagens das câmeras de segurança é possível observar um expressivo volume de água subindo na pista devido a atuação dos reversores.
O presidente do Fórum Brasileiro para o Desenvolvimento da Aviação Civil, Décio Corrêa, destaca que a resposta rápida de todos os envolvidos impediu que algo pior pudesse acontecer. “Ela imediatamente orienta a gol para abortar a decolagem, para não haver um conflito de duas aeronaves em voo, uma decolando e outra iniciando uma arremetida. Ao comandante da Latam, não é fácil tomar uma decisão dessa, mas esse homem teve a coragem de iniciar uma arremetida por não sentir que estava nas condições ideais para conseguir bom pouco. Depois, o comandante da Gol que sem pensar já inicia, tão logo recebe as instruções, o procedimento de abortagem da decolagem com toda segurança, com toda a tranquilidade”, afirma.
Para o especialista o sentimento após esse episódio é que sistema aéreo brasileiro é confiável e que no país pode-se voar tranquilamente, porque o Brasil segue à risca todos os padrões de segurança. “O Brasil possui um dos três sistemas de aviação civil mais seguros do mundo, sempre possuímos”, diz. Os passageiros da Gol tiveram que aguardar por aproximadamente duas horas até a permissão para uma nova decolagem, já que o Boeing retornou ao pátio para uma averiguação técnica de rotina, obrigatória para este tipo de ocorrência.
Fonte: Jovem Pan