A médica Ekaterine se mudou de Brasília, onde morava com a família há 8 anos, para fazer residência médica em São Paulo, em fevereiro deste ano. A goiana disse que, por causa da distância dos amigos e familiares, passou a se sentir muito sozinha. Foi então que decidiu adotar uma gatinha, que batizou com o nome de Madalena. “E foi amor à primeira vista. Já era uma gatinha mais velha, tinha mais de um aninho. Mas era muito carinhosa, companheira e achei que era minha cara. Resolvi chamar ela de Madalena pelo primeiro lugar que eu morei em São Paulo, a Vila Madalena.”
Como Ekaterina, muitos brasileiros decidiram adotar um animal no período da pandemia da Covid-19, enquanto passavam mais tempo em casa. É o que mostra uma pesquisa da Radar Pet 2021 realizada em abril pela comissão de animais de companhia com 750 pessoas de todos os Estados brasileiros. De acordo com o estudo, houve um aumento de 30% no número de pets em lares brasileiros durante o isolamento social. Gatos foram mais adotados do que cachorros. Entre os felinos, 84% foram adquiridos. E entre os cães, 54%. Um aspecto comum entre os animais é que, nos dois casos, a preferência foi por peludos mais jovens.
O coordenador da Comissão de Animais de Companhia (Comac), Fábio Brandão, disse que o levantamento confirma uma indicação anterior de que gatos devem se tornar os pets predominantes no Brasil. “Então os gatos mais ao Norte do Brasil. Uma das razões é que ele é menor e o curso é menor. Classes mais baixas tendem a ter gato como o primeiro pet. E os cães no Sul e Sudeste.” Sobre o perfil de tutores, pessoas que moram sozinhas foram as que mais incluíram novos membros na família. Ainda segundo o coordenador da Comac, a região Sul apresenta as maiores taxas de adoção. Entre os adotantes de gatos, casais sem filhos foram a maioria.
Fonte: Jovem Pan