Adultos infectados com variante do Amazonas têm carga viral 10 vezes maior no corpo, diz estudo

Levantamento está disponível para consulta nas redes sociais

Um estudo feito por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela que adultos infectados com a variante do novo coronavírus detectada no estado do Amazonas têm uma carga viral dez vezes maior do que adultos infectados por outras versões da Covid-19. A maior quantidade de vírus no organismo não está relacionada à gravidade do quadro de saúde do paciente, mas, sim, à facilidade de transmissibilidade da doença. A pesquisa está disponível para consulta nas redes sociais.

Foram analisados 250 códigos genéticos durante um intervalo de quase um ano, entre o primeiro pico da doença, em abril de 2020, e o segundo, no final do ano passado e início de 2021. Um dos pesquisadores, Tiago Graf explica, em seu perfil no Twitter, que a variante, chamada de P.1, gera maior carga viral entre adultos. “A comparação dos pacientes mostra claramente que infecção por P.1 gera maior carga viral em adultos. Em idosos a significância foi pequena ou nenhuma. Talvez porque nossa amostragem era menor nesse grupo ou porque esses indivíduos são igualmente vulneráveis a todas linhagens”, diz a publicação.

Em outro tuíte, Graf mostra um gráfico no qual é possível comparar a carga viral entre pacientes com a variante P.1 e outros com outra versão do vírus. Na imagem, quanto menor a quantidade no eixo vertical (Ct), maior a carga viral. Apesar de ter surgido no Amazonas, ao menos 18 estados já constataram a existência de pacientes infectados com essa variante, considerada por especialistas como mais transmissível.


Fonte: Jovem Pan

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