Agência dos EUA aprova segundo remédio contra a Covid-19; veja critérios de utilização

Pesquisa analisou efeito do molnupiravir na diminuição das hospitalizações

A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) autorizou, nesta quinta-feira, 23, o segundo remédio de uso emergencial para tratamento de infectados pelo novo coronavírus. Um dia após aprovar o uso da pílula da Pfizer, a agência aprovou o uso do medicamento antiviral da MSD (Merck), denominado molnupiravir. Desenvolvida com a Ridgeback Biotherapeutics, a pílula é indicada somente para adultos que tenham contraído a Covid-19 de forma leve e moderada e apresentem alto risco de progressão para casos graves. Assim como o Paxlovid, o molnupiravir estará disponível apenas por prescrição de médicos e deve ser iniciado logo após o diagnóstico da doença e dentro de cinco dias após o início dos sintomas. “O molnupiravir não está autorizado para uso em pacientes com menos de 18 anos de idade porque pode afetar o crescimento dos ossos e da cartilagem”, diz o comunicado da FDA, que volta a ressaltar que o remédio não substitui a vacina.

“A autorização de hoje oferece uma opção de tratamento adicional contra o vírus Covid-19 na forma de uma pílula que pode ser tomada por via oral. O molnupiravir é limitado a situações em que outros tratamentos autorizados pela FDA para Covid-19 são inacessíveis ou não são clinicamente apropriados e será uma opção de tratamento útil para alguns pacientes com Covid-19 com alto risco de hospitalização ou morte”, disse Patrizia Cavazzoni, médica e diretora do Centro de Drogas, Avaliação e Pesquisa do órgão. “Como novas variantes do vírus continuam a surgir, é crucial expandir o arsenal do país de terapias Covid-19 usando autorização de uso de emergência, enquanto continua a gerar dados adicionais sobre sua segurança e eficácia”, complementou. Em um ensaio clínico com indivíduos de alto risco em fase inicial da infecção, o molnupiravir demonstrou reduzir as hospitalizações e mortes em cerca de 30%. O medicamento é administrado na forma de quatro cápsulas de 200 miligramas por via oral a cada 12 horas durante cinco dias, para um total de 40 cápsulas. O remédio não está autorizado para uso por mais de cinco dias consecutivos.


Fonte: Jovem Pan

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