Agentes de segurança federais iniciam diálogo com governo, mas não descartam paralisação

Anderson Torres, ministro da Justiça do governo Bolsonaro

Os representantes de entidades das polícias da União levaram ao ministro da Justiça, Anderson Torres, o descontentamento com a possibilidade de um reajuste linear para todo o Serviço Público Federal. Por meio de nota, a categoria diz que a verba de R$ 1,7 bilhão destinados à reestruturação das polícias da União constam na lei orçamentária 2022. Segundo o documento, o ministro teria dito que não há decisão oficial. Parlamentares que participaram do encontro se comprometeram a se reunir com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em busca de uma solução definitiva. O documento é assinado por várias entidades de classe, entre elas a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal e a Federação dos Policiais Rodoviários Federais. As entidades farão assembleias nesta semana. Protestos e paralisações não foram descartados.

Conversando com apoiadores na última segunda-feira, 18, o presidente Jair Bolsonaro falou sobre reajustes para o funcionalismo público. “Isso tudo tem que entrar na teto de gastos meu. Que já está lá embaixo. O servidor quer reajuste. Eu quero dar reajuste, mas eu tenho um teto de gastos”, disse. Inicialmente, Bolsonaro havia sinalizado para este ano o reajuste apenas para as forças de segurança pública. Devido a manifestações de outras categorias e com a proximidade das eleições, ele estendeu o aumento para todos os funcionários públicos. A correção de 5% ainda é discutida com o ministro da economia, Paulo Guedes, e custaria R$ 6,3 bilhões acima dos R$ 1,7 bi previstos na lei orçamentária anual. De acordo com o texto da lei de diretrizes orçamentárias, que ainda será votada no Congresso Nacional para 2023, o valor destinado a eventuais aumentos é de R$ 11,7 bilhões.

*Com informações da repórter Carolina Abelin


Fonte: Jovem Pan

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