A Alemanha afirma que o Ocidente deve concordar em impor mais sanções à Rússia nos próximos dias depois que a Ucrânia acusou as tropas russas de crimes de guerra perto de Kiev, aumentando a já vasta pressão econômica sobre o país por sua invasão. Diversos cadáveres estavam espalhados pela cidade Bucha no último domingo. Os russos são acusados internacionalmente de terem cometido um massacre na cidade. No mesmo dia, a Rússia negou que suas forças sejam responsáveis ??pelas mortes de civis na localidade e disse que a Ucrânia fez uma apresentação para a mídia ocidental.
“Putin e seus apoiadores vão sentir as consequências” de suas ações, disse o chanceler alemão Olaf Scholz em comunicado a repórteres. A ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, comentou que a União Europeia deve discutir sobre o fim das importações de gás russo. Até o momento, a Alemanha, que é a maior economia da Europa, resistia aos pedidos para impor um embargo às importações de energia da Rússia, dizendo que sua economia e a de outros países europeus são muito dependentes deles. A Rússia fornece 40% das necessidades de gás da Europa.
Outros países da União Europeia, como França e Reino Unido concordaram com as possibilidades de aumentar as sanções. Nesta segunda-feira, 4, o chefe da diplomacia do bloco, Josep Berrel condenou as atrocidades relatadas na Ucrânia e falou na ‘urgência’ por novas sanções. “A União Europeia condena nos termos mais fortes as atrocidades relatadas cometidas pelas Forças Armadas russas em várias cidades ucranianas, que agora foram libertadas”, afirmou Borrell em um comunicado. O bloco “avançará, em caráter de urgência, no trabalho para novas sanções contra a Rússia”, acrescentou o diplomata. Para que novas sanções sejam acordadas entre os 27 países da UE é necessário que haja unanimidade em acordo.
Por sua vez, os Estados Unidos disseram que os responsáveis ??por quaisquer crimes de guerra devem ser responsabilizados. A economia da Rússia está enfrentando a crise mais grave desde o colapso da União Soviética em 1991, depois que os Estados Unidos e seus aliados impuseram sanções incapacitantes devido à invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro.