Alemanha tem novo chanceler após 16 anos de Angela Merkel; veja distribuição de ministérios

Olaf Scholz toma cargo de Angela Merkel nesta quarta-feira, 8

Com a aprovação do Parlamento, a Alemanha encerra nesta quarta-feira, 8, a era de governabilidade de Angela Merkel, no poder desde 2005, e dá espaço para um novo chanceler, que deve liderar o país com posicionamentos de centro-esquerda. Olaf Scholz, de 63 anos, já fez parte do governo alemão como vice-chanceler e se candidatou ao cargo de Merkel pelo Partido Social-Democrata, legenda que ganhou 25,7% dos votos no mês de setembro. Após quase três meses de negociação em um sistema político que só permite a posse daquele que formar maioria no Bundestag, Scholz se uniu a outros dois partidos para viabilizar seu governo: os verdes e os liberais. Os nomes escolhidos para assumir 16 ministérios em cargos de alto escalão foram divulgados e, em um movimento em direção à diversidade, ele sinalizou que dividirá as cadeiras entre oito homens e oito mulheres.

Como o partido do novo chanceler fazia parte da coligação que elegeu Angela Merkel, alguns nomes do governo dela continuarão a formar o alto escalão alemão em 2022. O Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais continuará sendo comandado por Hubertus Heil, do Partido Social-Democrata, e a pasta da Chancelaria será dada a Wolfgang Schmidt, considerado homem de confiança de Scholz e ocupante de cargo de Secretário de Estado no Ministério Federal das Finanças do país desde 2018. A ministra da Justiça, Christina Lambrecht, irá para a pasta da Defesa; a filósofa Nancy Faeser vai para o Ministério do interior; Klara Geywitz, vice-presidente do partido de Olaf, comandará o Ministério da Habitação; e Svenja Schulze, que foi ministra do Meio Ambiente de Merkel, será alocada para a pasta de Ajuda ao Desenvolvimento. O nome do ministro da Saúde, o mais aguardado devido à crise da Covid-19, foi o último a ser anunciado. Quem assume a pasta é o epidemiologista Karl Lauterbach, que terá como uma das principais decisões a polêmica obrigatoriedade da vacina defendida por Scholz, já que a Alemanha, com menos de 70% da população vacinada, tem uma das menores taxas de imunizados da Europa.


Fonte: Jovem Pan

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