O Cidadania decidiu, nesta quarta-feira, 13, apoiar a candidatura de Simone Tebet (MDB-MS) à presidência do Senado. A bancada do partido é formada por três parlamentares: Alessandro Vieira (SE), Eliziane Gama (MA) e Jorge Kajuru (GO). Com a decisão, Kajuru desistiu de sua pré-candidatura. Em entrevista à Jovem Pan, o senador Alessandro Vieira, vice-líder da legenda na Casa, explicou porque irá votar na emedebista e fez uma análise da eleição interna, que ocorrerá no dia 1º de fevereiro. Tebet enfrentará Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que possui o apoio do presidente Jair Bolsonaro e foi o nome escolhido pelo atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para sucedê-lo.
“A senadora Simone Tebet, ao longo dos dois últimos anos, como presidente da CCJ, mostrou uma qualidade técnica muito grande, equilíbrio e independência em relação ao Executivo e ao sistema do nosso país. A candidatura dela também gera a expectativa de podermos avançar com a pauta de reformas que interessa ao país”, disse Alessandro Vieira à Jovem Pan. Embora seja filiada ao MDB, que possui os senadores Fernando Bezerra Coelho (PE) e Eduardo Gomes (TO) como líderes do governo no Senado e no Congresso, respectivamente, Vieira acredita que Simone Tebet, se eleita, garantirá ao Senado uma posição de independência em relação ao Executivo. “Eu acredito que a senadora represente este campo independente. A gente sabe que, dentro do MDB, ela não faz parte do grupo que está mais próximo ao governo Bolsonaro, mas ela mantém um bom relacionamento, em especial com a equipe econômica do ministro Paulo Guedes, e nunca criou nenhum tipo de dificuldade para o governo. Há apenas um distanciamento maior, mas que faz bem para o país”, avalia.
Alessandro Vieira integra o “Muda Senado”, formado por parlamentares de diversos partidos. O senador acredita, no entanto, que a votação para a presidência da Casa será definida pela orientação das bancadas, e não pela atuação do bloco suprapartidário. Vieira ressalta que, independentemente do resultado, a agenda defendida pelos senadores do grupo, composta por pautas como a CPI Lava Toga e a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância, será mantida. “A eleição vai passar mais pela bancada dos partidos do que pelo grupo. O Muda Senado se reúne em torno de uma agenda. Ela está mantida, mas não acredito que represente um ponto específico para que nos posicionemos na eleição”, diz. “A maioria dos membros, naturalmente, votará na Simone”, acrescenta.
Fonte: Jovem Pan