A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, por unanimidade, nesta quinta-feira, 24, o uso emergencial do medicamento Evusheld. Produzido pela farmacêutica AstraZeneca, o remédio é o sétimo a ser autorizado a circular no Brasil para o tratamento da Covid-19 e o primeiro de uso profilático, ou seja, recomendado para indivíduos que não estão atualmente infectados com o coronavírus e não tiveram contato com o vírus. De acordo com a diretora do processo, a probabilidade de baixa resposta imunológica em pessoas imunossuprimidas vacinadas e a contraindicação aos imunizantes disponíveis foram razões que levaram à aprovação do fármaco.
Para o acordo de liberação do remédio, a Anvisa concluiu que ele poderá ser usado em adultos e crianças a partir dos 12 anos, com o peso mínimo de 12kg. A bula do Evusheld lembra, no entanto, que o medicamento deve ser usado antes da exposição ao vírus. Com aplicação intramuscular, o fármaco não é um substituto da vacina. Para quem a vacinação é indicada, o medicamento deve ser administrado pelo menos duas semanas após a imunização. “A profilaxia pré-exposição com Evulsheld não substitui a vacinação em indivíduos para os quais a vacinação Covid-19 é recomendada. A gente está ressaltando que não é para substituir a vacinação”, disse Gustavo Mendes, gerente-geral de medicamentos da agência. Além do Brasil, o tratamento foi aprovado em países como Estados Unidos, Israel, França e Itália.