A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou nesta terça-feira, 29, que recebeu o pedido de uso emergencial em caráter experimental da vacina indiana Covaxin, fabricada pelo laboratório indiano Bharat Biotech e representada no Brasil pela empresa Precisa Comercialização de Medicamentos. Segundo a agência, a triagem de documentos enviados pela Precisa será feita nas próximas 24 horas e, caso algum papel esteja faltando, o laboratório deverá ser acionado com pedido de informação adicional. Como não há desenvolvimento clínico da vacina no Brasil, a Anvisa deve responder sobre o uso emergencial em um prazo de 30 dias a partir do momento em que todos os documentos requeridos estejam na mão da agência.
A negociação da Covaxin por parte do Brasil virou foco da CPI da Covid-19 após um depoimento do servidor público Luís Ricardo Miranda e do deputado federal Luís Miranda (DEM) citar supostas irregularidades na compra do imunizante. De acordo com a versão do parlamentar, ao citar indícios de corrupção na compra da Covaxin em conversa com Jair Bolsonaro, o presidente teria se comprometido em repassar as informações ao diretor-geral da Polícia Federal. Além disso, segundo o deputado do DEM, Bolsonaro teria citado o líder de seu governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), como “dono do rolo” que envolve, também, a Precisa Medicamentos, que intermediou a aquisição do imunizante fabricado pelo laboratório Bharat Biotech. Por causa dessa fala, senadores protocolaram uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo investigação de Bolsonaro por suposto crime de prevaricação.
Fonte: Jovem Pan