Pré-candidato do Podemos à Presidência da República, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro retomou, nesta primeira semana de janeiro, as viagens que tem feito em busca de apoio para a campanha. Depois de cumprir agendas nas regiões Sul e Sudeste nas últimas semanas de 2021, o presidenciável inicia um tour pelo Nordeste, região em que enfrenta resistência do eleitorado. O primeiro destino foi a Paraíba, onde o ex-juiz da Operação Lava Jato concedeu entrevistas para rádios locais e se reuniu com empresários e lideranças religiosas. “Depois das festas de fim de ano, começo hoje a rodar o Brasil. Nesta semana, estarei na Paraíba. Conto com vocês nessa jornada que está só começando. Temos um país para salvar de uma triste polarização entre pelegos e milicianos. Vamos construir a nação moderna e inclusiva que queremos”, escreveu nas redes sociais. Viagens para o Ceará e o Piauí já estão agendadas para os próximos meses.
A agenda na Paraíba está foi organizada pelo deputado federal Julian Lemos (PSL-PB). O parlamentar coordenou a campanha do presidente Jair Bolsonaro no Nordeste em 2018, mas rompeu com o clã presidencial em 2019, na esteira da crise que atingiu o PSL, partido ao qual o mandatário do país esteve filiado até novembro daquele ano. Hoje, Lemos apoia o ex-juiz. “Moro é um pré-candidato à Presidência e essas agendas fazem parte da democracia. As pessoas têm que conversar, conhecer o candidato. Aqui na Paraíba, estreitei relações com ele pelas bandeiras que defendemos, pela visão de política que compreendo ser a certa. Não faltaram convites para rádios, TVs, de empresários. Ele pôde expressar o que compreende e esclarecer dúvidas que as pessoas têm sobre as inverdades que são ditas. Teve uma aceitação excelente”, disse o parlamentar à Jovem Pan. Ao desembarcar no aeroporto de João Pessoa, capital da Paraíba, Moro foi hostilizado. Em um vídeo que circula nas redes sociais, o ex-juiz é recepcionado aos gritos de “juiz ladrão” e “traíra”. “Houve um pequeno incidente. Ele foi bem recebido no aeroporto, mas duas pessoas tentaram fazer uma indelicadeza, que, ao meu ver, não surtiu efeito”, minimiza Lemos.
Fonte: Jovem Pan