A CPI da Covid-19 ouve, nesta quarta-feira, 18, Túlio Silveira, advogado da Precisa Medicamentos e representante legal da empresa na negociação para a compra de 20 milhões de doses da Covaxin. A oitiva substitui a acareação entre o ministro do Trabalho e Previdência Social, Onyx Lorenzoni, e o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). O parlamentar e seu irmão Luis Ricardo Miranda, chefe de Importação do Ministério da Saúde, denunciaram irregularidades no processo de aquisição dos imunizantes e levaram o caso ao presidente Jair Bolsonaro, com quem se reuniram no dia 20 de março, no Palácio da Alvorada, para reportar as informações – o chefe do Executivo federal passou a ser investigado pela Polícia Federal (PF) pelo suposto crime de prevaricação. Em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), Ricardo afirmou que sofreu “pressão anormal” de militares e auxiliares do então ministro Eduardo Pazuello para agilizar a vinda das vacinas.
Túlio Silveira chega à CPI amparado por um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF). O representante da Precisa ingressou na Corte pedindo para não comparecer, alegando “sigilo profissional” para não ser “compelido a depor” na comissão. Presidente do Supremo, o ministro Luiz Fux acatou parcialmente o pleito: o funcionário da empresa terá de comparecer, mas poderá não responder a perguntas que possam incriminá-lo. De acordo com o despacho, Silveira terá de dizer a verdade sobre fatos “em tese criminosos” que testemunhou. Acompanhe a sessão ao vivo: