A CPI da Covid-19 ouve, nesta quinta-feira, 26, o empresário José Ricardo Santana, que participou de um jantar no restaurante Vasto, em Brasília, no dia 25 de fevereiro, quando, segundo Luiz Paulo Dominguetti, que se apresentou como vendedor da Davati Medical Supply, o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, teria pedido propina de US$ 1 para cada uma das 400 milhões da vacina da AstraZeneca. Santana é ex-secretário-executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão vinculado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Apesar do envolvimento de Santana com o suposto pedido de propina, os senadores querem esclarecer o vínculo do empresário com o dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano. “O referido Superintendente tem ligação direta com Francisco Emerson Maximiano, suas empresas e sócios, mas também com Roberto Ferreira Dias. Outrossim, há comprovação de que, juntamente com Maximiano e outros investigados, inclusive no mesmo voo, foi à Índia tratar com a fabricante da empresa Covaxin”, diz um trecho do requerimento do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão. Santana é mais um depoente que chega à CPI amparado por um habeas corpus, concedido pelo ministro Edson Fachin, que lhe permite ficar em silêncio em perguntas que possam incriminá-lo. Acompanhe a sessão ao vivo: