A CPI da Covid-19 ouve, nesta quinta-feira, 6, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que assumiu a pasta após a demissão de Eduardo Pazuello. O médico cardiologista, que tomou posse no dia 23 de março, é o terceiro a depor – antes dele, a comissão recebeu os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. A oitiva de Pazuello estava prevista para a quarta-feira, 5, mas o general pediu dispensa por ter tido contato com dois assessores infectados com o novo coronavírus. Em razão disso, seu depoimento foi adiado para o dia 19 de maio. Na parte da tarde, a comissão vai ouvir o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres.
Como a Jovem Pan mostrou, Queiroga será questionado sobre os contratos de vacinas firmados pelo governo federal com farmacêuticas e o que tem sido feito pelo ministério para mitigar os efeitos da crise sanitária. Nas últimas semanas, o governo federal tem divulgado, inclusive através de propagandas oficiais, o número de 560 milhões de vacinas contra a Covid-19 já contratadas pela União. Entretanto, em resposta a um requerimento de informações do deputado Gustavo Fruet (PDT-PR), o Ministério da Saúde afirma que apenas cerca de 280 milhões, ou seja, a metade, já têm contrato fechado. Os senadores que integram a CPI querem esclarecer em que pé estão as negociações com as farmacêuticas e como estas negociações impactam o cronograma de imunização. Acompanhe a cobertura da Jovem Pan:
11:05 – ‘O senhor não entendeu sua posição aqui’, diz Aziz a Queiroga
Irritado com as respostas evasivas de Queiroga, o presidente da CPI da Covid-19 subiu o tom contra o ministro da Saúde. “O senhor não entendeu sua posição aqui”, disse o senador Omar Aziz. “O senhor é testemunha, tem que dizer sim ou não. Senão vamos encerrar a sessão agora, nem vamos continuar”. O relator Renan Calheiros questionou, mais de uma vez, se o ministro concorda com o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro em defesa da cloroquina, remédio ineficaz no tratamento do novo coronavírus. Queiroga tem afirmado que esta é uma “questão técnica”.
10:58 – Tropa de choque interrompe relator da CPI da Covid-19
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid-19, fazia questionamentos ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre as diretrizes da pasta, como a realização de coletivas de imprensa diárias com recomendações à população, quando foi interrompido pelos senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo Bolsonaro no Senado, que criticaram a postura do emedebista. “Não vou bater boca”, disse Calheiros.
10:47 – ‘Faltou fortalecimento do SUS para evitarmos mais de 400 mil mortes’
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que faltou “fortalecimento do SUS” para evitar as mais de 400 mil mortes causadas pelo novo coronavírus. Ele respondeu a um questionamento do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
10:42 – ‘Não é possível comparar Brasil com Estados Unidos e Europa porque nenhum outro presidente chamou a Covid-19 de gripezinha’, diz Renan Calheiros
O relator da CPI da Covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que não é possível comparar as ações do Brasil com países da Europa ou com os Estados Unidos, por exemplo, porque nenhum outro presidente da República chamou a Covid-19 de “gripezinha”. Queiroga fazia uma comparação do Sistema Único de Saúde (SUS) com outras redes de atendimento mundo afora.
10:36 – ‘Não devemos aprofundar as nossas divergências’, diz ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, em sua exposição inicial, que a CPI da Covid-19 não deve “aprofundar as nossas divergências”. “Devemos construir consensos, criar estadas pavimentadas para a saída dessa situação sanitária complexa e devolver a cada brasileiro a alegria de nos darmos as mãos sem precisarmos lavar sem álcool, das pessoas terem o direito de trabalhar e ganhar o salário com o suor do seu trabalho, que é um direito fundamental”, afirmou. Queiroga também pediu um “voto de confiança”, para que o trabalho do Ministério da Saúde possa ser “continuado e aprimorado”.
10:26 – ‘Solução para a pandemia é a campanha de vacinação’, diz Queiroga
Em sua exposição inicial, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a solução para a pandemia é “a campanha de vacinação”. “A solução para o problema da pandemia é a campanha de vacinação. Precisamos vacinar a nossa população. A vacina contra a Covid-19 é uma resposta da ciência”, disse.
10:22 – Queiroga inicia sua exposição inicial
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, faz, agora, sua exposição inicial. Na sequência, o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), fará os primeiros questionamentos da sessão.
10:13 – Tasso Jereissati quer convocar Abin sobre declaração de Bolsonaro contra China
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou que irá apresentar requerimento para convocar um representante da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para explicar o ataque do presidente Jair Bolsonaro contra a China. Nesta quarta-feira, 5, em evento no Palácio do Planalto, o chefe do Executivo afirmou que a pandemia poderia ser “uma nova guerra”. “Se não existe guerra química, há um verdadeiro boicote internacional à compra de vacinas ou envio de vacinas da China”, disse Jereissati.
10:12 – Omar Aziz dá inícios aos trabalhos
O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), abriu a sessão desta quinta-feira. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já está no plenário da CCJ do Senado, onde a comissão realiza os depoimentos.