AO VIVO: ‘Não houve oferta de US$ 10 por dose da Covaxin’, diz diretora da Precisa; siga

Diretora técnica e dono da Precisa Medicamentos serão ouvidos nesta quarta-feira, 14

A CPI da Covid-19 retoma, na manhã desta quarta-feira, 14, o depoimento de Emanuela Medrades, diretora técnica da Precisa Medicamentos, que intermediou a compra de 20 milhões de doses da Covaxin. Nesta terça-feira, 13, o depoimento de Emanuela foi encerrado sem conclusão após a depoente alegar exaustão física e psicológica. Concluída a oitiva, os senadores vão ouvir Francisco Maximiano, o Max, dono da empresa. “O ideal seria esgotarmos os dois depoimentos no dia de hoje, porque senão teríamos que alterar o calendário dos depoimentos, iríamos ter que lançar o depoimento de amanhã para sexta. O ideal seria terminar hoje”, disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), em coletiva de imprensa antes do início da sessão. Emanuela e Maximiano estão amparados por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permite aos dois que avaliem quais perguntas podem ou não incriminá-los, mantendo o silêncio, se quiserem. No entanto, caberá à comissão avaliar se o depoente abusa do direito e aplicar as devidas providências legais. A aquisição da Covaxin entrou na mira dos senadores após as denúncias apresentadas pelos irmãos Luis Ricardo Miranda, chefe de Importação do Ministério da Saúde, e Luis Miranda (DEM-DF), deputado federal. Eles se reuniram com o presidente Jair Bolsonaro no dia 20 de março, no Palácio da Alvorada, para reportar uma série de irregularidades, entre elas, a previsão de pagamento antecipado de US$ 45 milhões a uma offshore de Cingapura, a Madison Biotech, que não constava no contrato firmado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro com a Bharat Biotech, que fabrica o imunizante. Acompanhe a cobertura ao vivo da Jovem Pan: 

13:28 – Sessão é suspensa 

Depoimento será suspenso por 25 minutos.

13:23 – Bharat Biotech usava Madison Biotech para fazer ‘todas as transações internacionais’, diz Emanuela

A diretora da Precisa Medicamentos afirmou que a Madison Biotech era utilizada pela Bharat Biotech, fabricante da Covaxin, “para todas as transações internacionais”. “Quando foi enviada a invoice, perguntei para a Bharat quem era a Madison, não esperei o questionamento do ministério. Disseram que era a mpresa que estavam utilizando há alguns meses para fazer todas as transações internacionais, de venda e comercialização, inclusive para ajustar as questões de ensaios clínicos. Me explicaram isso, me disseram que a mesma característica societária era apresentada entre as duas e eu encaminhei ao ministério. Eles [funcionários da pasta] poderiam ter falado ‘não quero’, nós faríamos a alteração, o que nao aconteceu”, disse.

12:25 – Líder do governo interrompe perguntas e Omar Aziz repreende: ‘Vossa Excelência trabalhava com ela? Dá um tempo’ 

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), interrompeu as perguntas do relator, Renan Calheiros (MDB-AL), para dizer que “houve inconsistências no contrato, corrigidas em menos de 24 horas”. O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), o repreendeu: “Parece que Vossa Excelência trabalhava com ela. Está respondendo por ela. Eu quero saber: o senhor trabalhava com ela? Dá um tempo. Vossa Excelência trabalhava lá? Era auxiliar? Era auxiliar? Era auxiliar? Estou perguntando se Vossa Excelência era auxiliar, porque tudo o que ela fala vocês querem se meter”.

12:17 – Simone Tebet discute com Flávio Bolsonaro e diz: ‘Se repetir o que falou com o microfone desligado, vou levá-lo ao Conselho de Ética’

Os senadores Simone Tebet (MDB-MS) e Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) bateram boca há pouco. O filho do presidente Jair Bolsonaro disse algo fora do microfone à líder da bancada feminina, que reagiu: “O senhor me respeite. Se repetir o que falou com o microfone desligado, vou levá-lo ao Conselho de Ética”.

11:54 – Depoimento de dono da Precisa é adiado para agosto 

O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), anunciou que o depoimento de Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, será adiado para agosto. A sua oitiva estava inicialmente prevista para esta quarta-feira, 14, após a inquirição de Emanuela Medrades. Nesta quinta-feira, 15, será ouvido Cristiano Alberto Carvalho, CEO da Davati Medical Supply no Brasil.

11:53 – Sessão é retomada

Depoimento de Emanuela Medrades é retomado.

11:44 – Sessão é suspensa 

Depoimento é suspenso por cinco minutos.

11:40 – ‘Na quinta-feira passada encaminhamos as invoices’, disse Emanuela em audiência no Senado

“Na quinta-feira passada encaminhamos as invoices”, disse textualmente, no dia 23 de março, Emanuela Medrades, se referindo ao dia 18 de março. Na sessão desta quarta-feira, porém, ela disse que não quis dizer o que disse. Ela afirmou que a nota fiscal só foi enviada ao Ministério da Saúde no dia 22 de março – esta é a versão do Palácio do Planalto. “A comissão é muito inteligente. Aqui não tem bestinha”, reagiu Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão.

11:31 – Emanuela: ‘Desafio Willian Amorim e Luis Ricardo a provarem que receberam a invoice no dia 18 de março’

Emanuela Medrades desafiou os servidores Willian Amorim e Luis Ricardo Miranda, chefe de Importação do Ministério da Saúde, a provarem que receberam a invoice da Precisa Medicamentos no dia 18 de março. Em um vídeo exibido pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), a diretora da empresa fala no envio da documentação nesta data. Ela admite que criou um link do Dropbox e encaminhou uma série de documentos ao Ministério da Saúde, mas ressalta que a nota fiscal não constava nesta lista.

11:01 – ‘Memória da reunião é mentirosa’, diz Emanuela 

Diante da afirmação de que a Precisa Medicamentos não ofertou vacinas a US$ 10 ao Ministério da Saúde, o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), fez o seguinte questionamento à depoente: “A memória da reunião é mentirosa?”. Emanuela Medrades respondeu que “sim, é mentirosa”. A reunião ocorreu no Ministério da Saúde no dia 20 de novembro de 2020.

10:56 – Precisa não ofertou dose da Covaxin a 10 dólares, diz Emanuela 

Emanuela Medrades afirmou que a Precisa Medicamentos não ofertou dose da Covaxin a US$ 10. No entanto, o Ministério da Saúde enviou à CPI da Covid-19 a ata de uma reunião do dia 20 de novembro de 2020, que contou com a participação de Elcio Franco Filho e de representantes da Bharat Biotech e da Precisa, segundo a qual foi feita uma oferta neste valor – no contrato assinado pelo governo federal, cada dose custaria US$ 15. “Não sei por que colocaram [esse valor na ata da reunião], nós não ofertamos a vacina a dez dólares”, disse Medrades. “Se esse preço foi falado, é como expectativa [de preço]. Não houve, em momento nenhum, proposta que não tenha sido aquela enviada pela Bharat ao ministério, no valor de 15 dólares”, acrescentou.

10:44 – Emanuela: Nunca recebi alguém do Ministério da Saúde no escritório da Precisa 

A diretora técnica da Precisa Medicamentos afirmou que se reuniu com o então secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco Filho e com o diretor de Logística da pasta Roberto Ferreira Dias por diversas vezes para tratar sobre a aquisição da Covaxin. O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, segundo ela, não participou de nenhuma reunião. Ela acrescentou, no entanto, que nunca recebeu representantes do governo federal no escritório da empresa.

10:38 – Bharat Biotech é responsável pela precificação da vacina Covaxin

Questionada pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre o motivo pelo qual a Covaxin é 50% mais cara do que outras vacinas compradas pelo governo federal, como a CoronaVac, por exemplo, Emanuela Medrades afirmou que a política de precificação do imunizante é de responsabilidade da Bharat Biotech. “O que nós fizemos foi tentar o tempo todo reduzir esse custo. Não foi só uma vez, foram diversas vezes”, disse. Antes, ela ressaltou que a Precisa Medicamentos “não intermedia [nenhuma negociação], ela representa”. “Todas as questões comerciais são tratadas entre a Bharat Biotech e o Ministério da Saúde. A proposta de 15 dólares foi enviada diretamente pela Bharat ao ministério”, explicou.

10:22 – Negociações para compra da Covaxin não tiveram apoio diplomático, diz Emanuela 

Emanuela Medrades afirmou que as negociações para a compra da Covaxin não tiveram apoio da diplomacia brasileira. Segundo ela, as tratativas ocorreram apenas entre a Precisa Medicamentos e a Bharat Biotech, fabricante do imunizante.

10:17 – Precisa procurou a Bharat Bioetech; contatos começaram em junho de 2020 

Respondendo aos primeiros questionamentos do relator, Renan Calheiros (MDB-AL), Emanuela Medrades afirmou que a Precisa Medicamentos procurou a Bharat Biotech, fabricante da Covaxin. Os contatos, segundo a depoente, começaram em junho de 2020. A parceria entre as parcerias foi firmada em outubro do mesmo ano.

10:09 – ‘Faço questão de falar tudo’, diz Emanuela 

A diretora técnica da Precisa Medicamentos Emanuela Medrades disse que faz questão “de falar tudo”, acrescentando que está à disposição para prestar esclarecimentos. Ela também afirmou que não houve irregularidades no processo de compra da Covaxin.

10:05 – Sessão é aberta 

Presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), abriu os trabalhos desta quarta-feira, 14


Fonte: Jovem Pan

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