No final da noite de quarta-feira, 23, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, autorizou o maior ataque de um país europeu contra outro do mesmo continente desde a Segunda Guerra. O governo russo justifica ação militar para proteger separatistas no leste da Ucrânia. “Tomei a decisão por uma operação militar”, declarou Putin em uma mensagem inesperada, transmitida pela televisão, pouco antes da meia-noite no horário de Brasília. As tensões geopolíticas começaram após a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aumentar as atividades no território ucraniano. Depois de diversos movimentos de países ocidentais para dissuadir Putin de uma possível invasão ao país, o mandatário russo decidiu reconhecer a independência das repúblicas de Donetsk e Luhansk, internacionalmente reconhecidas como pertencentes à Ucrânia, na última segunda-feira, 21, aumentando a tensão na região. A crise geopolítica teve seu estopim na noite de quarta-feira, 23, com o presidente russo dando sinal verde para a operação militar na Ucrânia. Segundo as autoridades ucranianas, as Forças Armadas da Rússia realizaram ataques e bombardeios em diversas regiões do país, incluindo em grandes cidades do país, como Odessa, no sul da Ucrânia, e a capital Kiev.
Confira a cobertura ao vivo do conflito:
18h10 – Pelo 57 ucranianos morrem e 169 ficam feridos em primeiro dia de ataque russo
Ao menos 57 ucranianos foram mortos e outros 169 ficaram feridos nesta quinta-feira, 24, durante o primeiro dia do ataque russo à Ucrânia, disse o Ministério da Saúde do país em um comunicado, segundo a EFE.
18h00 – Avião de transporte militar cai na Rússia; uma pessoa morre
O Ministério da Defesa, informou que um avião de transporte militar Antonov An-26 caiu no oeste da Rússia perto da fronteira ucraniana, nesta quinta-feira, 24. Uma morte foi confirmada até agora. O acidente, que ocorreu na região de Voronej, foi confirmado por um porta-voz do Ministério e foi provocado por um problema técnico, informaram as autoridades locais citadas pelas agências de notícias russas. Leia mais.
17h40 – Quase 100 mil ucranianos fogem de casa; milhares buscam refúgio no exterior
Quase 100.000 pessoas fugiram de suas casas na Ucrânia e milhares buscaram refúgio no exterior após a invasão da Rússia ao país.”Acreditamos que cerca de 100.000 pessoas já fugiram de suas casas e podem ter se mudado para dentro do país e que vários milhares cruzaram as fronteiras internacionais”, disse à AFP Shabia Mantoo, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
17h22 – Parlamento da Lituânia aprova estado de emergência
O parlamento da Lituânia aprovou por unanimidade a declaração de estado de emergência emitida nesta quinta-feira, 24, pelo presidente do país, Gitanas Nauseda, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia. O país faz fronteira com a Bierlorrúsia, que, por sua vez, faz fronteira tanto com a Rússia quanto com a Ucrânia. O estado de emergência permanecerá em vigor até o dia 10 de março, segundo informações da EFE.
17h10 – Reino Unido oferece apoio a presidente ucraniano em possível exílio
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, ofereceu apoio a um possível exílio do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e ofereceu ajuda para a busca de “um lugar seguro” para os membros do governo, diz a agência EFE. “Daremos todo o apoio que pudermos, seja logístico ou de outro tipo, como o Reino Unido sempre fez com governos no exílio. Uma das coisas que mencionei ao presidente Zelensky esta manhã foi que pode ser necessário que ele encontre um lugar seguro para ele e seu gabinete”, disse Johnson.
16h50 – Reino Unido fecha espaço aéreo para Aeroflot e sanciona bancos e empresários russos
O primeiro-ministro, Boris Johnson, anunciou nesta quinta-feira, 24, que o Reino Unido fechou seu espaço aéreo à companhia russa Aeroflot, congelou bens de grupos bancários e fabricantes de armas, e sancionou cinco magnatas russos, em represália à invasão da Ucrânia que aconteceu pela manhã. Leia mais.
16h30 – Biden anuncia novas sanções à Rússia
Durante seu pronunciamento, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou novas sanções contra a Rússia. Segundo ele, havará limitações sobre quais produtos poderão ser exportados para a Rússia. O mandatário dos EUA garantiu que soldados americanos não entrarão em conflito com a Rússia na Ucrânia. O presidente afirmou que os Estados Unidos vão limitar a capacidade da Rússia em fazer negócios em dólar, euros, libras e ienes. Também haverá bloqueios aos ativos de quatro grandes bancos russos, que terão seus bens congelados.
16h25 – Cerca de 1.400 pessoas foram detidas na Rússia em protestos contra a guerra
Subiu para cerca de 1.400 o número de russos detidos por se manifestarem contra a guerra na Ucrânia. Segundo a ONG de direitos humanos OVD-info, pelo menos 1.391 pessoas foram detidas em 51 cidades, 719 delas em Moscou.
16h15 – Putin diz a empresários russos que não tinha escolha em relação à Ucrânia
Durante reunião televisada com líderes empresariais, nesta quinta-feira, 24, o presidente Vladimir Putin disse a Alexander Shokhin, diretor da União Russa de Industriais e Empreendedores, que não tinha outra opção a não ser ordenar o ataque à Ucrânia, pois todas as tentativas anteriores de Moscou para alterar a situação de segurança não deram em nada. Ele classificou a situação como uma operação especial. Shokhin disse que a Rússia deveria estimular uma demanda extra da parte de investidores privados por títulos da dívida pública do país, por conta das sanções ocidentais sobre os bônus estatais russos, alertando que novas sanções serão mais duras que as anteriores e poderão interromper as cadeias logísticas e de fornecimento. Leia mais.
16h00 – Bolsonaro orienta brasileiros na Ucrânia
O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma série de publicações no Twitter com orientações aos brasileiros que estão na Ucrânia. “Nossa Embaixada em Kiev permanece aberta e pronta a auxiliar os cerca de 500 cidadãos brasileiros que vivem na Ucrânia e todos os demais que estejam por lá temporariamente”, informou. Por meio da rede social, o presidente também pediu para que os brasileiros, em especial os que se encontram na região Leste do país, mantenham contato direto com a embaixada. “Caso necessitem de auxílio para deixar a Ucrânia, devem seguir as orientações do serviço consular da Embaixada e, no caso dos residentes no leste, deslocar-se para Kiev assim que as condições de segurança o permitam”.
– Estou totalmente empenhado no esforço de proteger e auxiliar os brasileiros que estão na Ucrânia.
– Nossa Embaixada em Kiev permanece aberta e pronta a auxiliar os cerca de 500 cidadãos brasileiros que vivem na Ucrânia e todos os demais que estejam por lá temporariamente.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 24, 2022
15h45 – Biden faz pronunciamento sobre invasão da Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um pronunciamento nesta quinta-feira, 24, condenando a decisão de Vladimir Putin de ivandir a Ucrânia. “Ele rejeitou todas os eforços que fizemos para enfrentar essa situação com diálogo. Por semanas, nós temos avisando que isso iria acontecer. Está acontecendo exatemente como nós previmos”, disse Biden. “Putin é o agressor. Putin escolheu essa guerra. E agora ele e seu país vão enfrentar as consequências. Vou autorizar hoje outras sanções fortes”, anunciou o presidente americano. “Nossas forças não irão para a Ucrânia para lutar contra a Rússia, mas vamos defender os nosso aliados no leste. Os Estados Unidos vão defender cada centímetro do território da Otan”, afirmou. Leia mais.
15h35 – Russos bombardeiam hospitais ucranianos
O ministro de relações internacionais da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que as tropas russas bombardearam hospitais ucranianos. “Putin lançou uma guerra maciça de agressão na Europa durante uma pandemia ainda em fúria. Além disso, os russos bombardeiam hospitais ucranianos agora. Isso está além do mal. A única escolha moral que qualquer governo pode fazer agora é apoiar a Ucrânia por todos os meios”, declarou Kuleba.
Consider this: Putin has launched a massive war of aggression in Europe during a still raging pandemic. On top of that, Russians bomb Ukrainian hospitals now. This is beyond evil. The only moral choice any government can make now is to support Ukraine by all means.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) February 24, 2022
15h30 – ONU destina US$ 20 milhões para operações humanitárias
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou nesta quinta-feira, 24, que a Rússia fez foi “errado” e “inaceitável”, mas que “não é irreversível”. A ONU irá destinar cerca de US$ 20 milhões para operações humanitárias, informou o secretário. “A proteção de civis deve ser a prioridade número 1”, declarou.
15h25 – G7 concorda em impor sanções ‘devastadoras’ à Rússia
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reuniu nesta quinta-feira, 24, com líderes do G7 e informou que o grupo concordou em impor sanções econômicas “devastadoras” contra a Rússia pela invasão à Ucrânia. “Esta manhã, me encontrei com meus colegas do G7 para discutir o ataque injustificado do presidente Putin à Ucrânia e concordamos em avançar com pacotes devastadores de sanções e outras medidas econômicas para responsabilizar a Rússia. Estamos com o bravo povo da Ucrânia”, afirmou Biden nas redes sociais. A reunião ocorreu virtualmente e durou pouco mais de uma hora. Após o encontro, o G7 divulgou um comunicado em que afirmou que a Rússia desencadeou “um grave ameaça à ordem internacional, baseada em regras”. Leia mais.
15h20 – Governo de Kiev decreta toque de recolher na capital da Ucrânia
As autoridades de Kiev, capital da Ucrânia, determinaram um toque de recolher na cidade entre 22:00 e 7:00. Aqueles que se deslocarem neste período, deverão portar documento de identificação. Outras cidades próximas seguem o movimento e a Embaixada do Brasil orienta abrigo em locais longe de instalações militares e de infraestrutura energética ou de comunicação.
15h15 – Russos tomam o controle de aeroporto militar ucraniano
As tropas russas capturaram o aeroporto militar Hostomel, localizado a 25 km a noroeste de Kiev. “As tropas (ucranianas) receberam ordens para aniquilá-los”, afirmou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
15h10 – China se recusa a classificar entrada russa na Ucrânia como ‘invasão’
Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, realizou um pronunciamento na tarde desta quinta-feira, 24, se negou a classificar o bombardeio e a entrada da Rússia em território ucraniano como uma “invasão”. “Esta é uma diferença entre a China e vocês ocidentais, não vamos nos apressar por uma conclusão.”
15h07 – Veja os locais de combate na guerra entre Rússia e Ucrânia
15h05 – Sobe para 800 o número de pessoas detidas na Rússia.
Aumentou para 800 o número de pessoas detidas na Rússia por participarem de manifestações contra a guerra na Ucrânia, informou a ONG de direitos humanos OVD-info. Moradores de São Petersburgo, Moscou e mais 36 cidades da Rússia participam da manifestação antiguerra. Outras cidades da Europa também fazem manifestações contra a guerra.
15h00 – Embaixada em Kiev diz que vai evacuar jogadores brasileiros
Embaixador do Brasil em Kiev, Norton Rapesta afirmou que todos os brasileiros, incluindo os jogadores de futebol, serão evacuados devido ao conflito militar entre Ucrânia e Rússia, iniciado na madrugada desta quinta-feira, 24. “Nós vamos evacuar os brasileiros. Jogadores de futebol. Todo mundo”, disse o embaixador, em entrevista à emissora “BBC”. Apesar da declaração, Rapesta não deu mais detalhes de como e quando a operação será realizada. Leia mais.
14h52 – Bolsa da Rússia cai 40% após invasão à Ucrânia
A invasão da Ucrânia por tropas russas derrubou os mercados em todo o mundo e fez a Bolsa de Moscou despencar 40%. Na direção oposta, ativos considerados mais seguros, como dólar e ouro, registram forte valorização. O mau humor faz os mercados na Europa cair cerca de 4% e também prejudica os negócios nos Estados Unidos. O temor dos impactos na distribuição de petróleo em todo o mundo fez o barril tipo brent subir mais de 8%, cotado a US$ 104. É a maior cotação da commodity desde 2014. Leia mais.
14h50 – Presidente do Senado e da Câmara se manifestam sobre confilto
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu nesta quinta-feira, 24, uma “rápida solução negociada” para o conflito entre Rússia e Ucrânia. O parlamentar divulgou uma nota em que afirmou que o Congresso Nacional acompanha com preocupação a escalada dos ataques entre os países. Pacheco também alertou para os impactos políticos, econômicos e sociais do conflito. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também publicou uma mensagem nas redes sociais em que lamentou os ataques e defendeu que as duas nações busquem os caminhos diplomáticos. “O mundo já enfrenta o luto de milhões de perdas da pandemia de Covid-19. À medida que voltamos à normalidade, assistimos uma escalada sem precedentes entre Rússia e Ucrânia. Neste momento, precisamos de paz, entendimento e que as duas nações busquem os caminhos diplomáticos”, escreveu. Leia mais.
14h45 – Embaixada do Brasil na Ucrânia orienta brasileiros a se retirar ‘tão logo possível’
A Embaixada do Brasil em Kiev publicou um informativo na manhã desta quinta-feira, 24, e orientou aos brasileiros que se encontram em território ucraniano a se deslocar por meios próprios para outros países ‘tão logo possível’. Quem estiver ao leste, próximo ao rio Dnipro, a instrução é para seguir viagem à oeste ou ‘deslocar-se para Kiev e contatar a embaixada assim que possível’ pelo telefone: +380 50 384 5484. Leia mais.
14h40 – Ucrânia diz que tropa russa tomou usina nuclear de Chernobyl
Assessor do Ministério do Interior da Ucrânia, Anton Geraschenko, informou nesta quinta-feira, 24, que as tropas russas invadiram a zona de exclusão da usina de Chernobyl. “A Guarda Nacional, que é responsável por garantir a segurança dos depósitos radioativos, está lutando com todas as suas forças”, disse ele em um comunicado. Leia mais.
14h35 – Tropas russas avançam e chegam aos arredores de Kiev
Tropas russas alcançaram a região de Kiev na manhã desta quinta-feira, 24. Pelo menos uma equipe de imprensa internacional já confirmou a presença de soldados russos nos arredores da capital, a poucos quilômetros do centro da cidade.
14h30 – Brasil pode sofrer economicamente com conflito na Ucrânia
A instabilidade gerada pelo conflito reverbera em todo o mundo, e no Brasil essas ondas podem levar ao aumento geral de alimentos e combustíveis, o que deve fazer com que a inflação se mantenha pressionada acima dos dois dígitos. Em resposta, o Banco Central (BC) vai ser obrigado a prolongar a escalada dos juros, gerando mais barreiras ao desenvolvimento da economia em um ano já cercado por desafios. Leia mais.
14h20 – Trump atribui invasão russa à ‘fraqueza’ dos EUA
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump aproveitou a invasão da Ucrânia para criticar Joe Biden: “Em minha gestão isto não teria ocorrido”, comentou Trump em entrevista à “Fox News”, segundo informações da EFE. Trump acredita que o presidente russo, Vladimir Putin, se atreveu a avançar com os seus planos porque viu “a fraqueza” dos EUA. Apesar de anteriormente ter elogiado Putin por reconhecer a independência de duas regiões separatistas, Trump descreveu a operação militar como “terrível”. “É algo muito triste para o mundo, para o país e é certamente muito triste para muitas pessoas que vão ser mortas desnecessariamente.”
14h00 – Boris Johnson anuncia mais sanções à Rússia
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou nesta quinta-feira, 24, mais sanções à Rússia. “O Putin tem que ser condenado aos olhos do mundo. Não dá para tirar o sangue ucraniano de suas mãos”, iniciou o premier em seu discurso. Johnson disse que, apesar das tentativas de países ocidentes de dissuadí-lo de invadir a Ucrânia, o objetivo de Putin sempre foi esse. “Agora a gente vai o ver exatamente como ele é: um agressor manchado de sangue que acredita em uma conquista imperial”, afirmou o primeiro-ministro. “Hoje o Reino Unido está anunciando um pacote de sanções, o maior que a Rússia já viu. Apresentamos sanções contra bancos. […] Vamos apertar a Rússia, vamos tirar ela da economia global”, declarou Boris Johnson, que disse que a dependência europeia no petróleo e no gás-natural russos tem que acabar.
13h55 – Manifestantes contra a invasão são detidos na Rússia
Centenas de russos foram para rua nesta quinta-feira, 24, para manifestar contra a invasão à Ucrânia. Moradores de São Petersburgo, Moscou e mais 36 cidades da Rússia participam da manifestação antiguerra. Número de detidos já passa dos 100. Mais cedo, Mariana Litvinovich, ativista dos direitos humanos e uma das organizadoras dos protestos, foi presa do lado de fora da sua casa após convocar os russos para participarem de uma caminhada contra a guerra. Outras cidades da Europa também fazem manifestações contra a guerra. Leia mais.
13h33 – Putin fala à imprensa sobre invasão à Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, falou à imprensa na manhã desta quinta-feira, 24, sobre a decisão de invadir a Ucrânia. Segundo o mandatário russo, o país está preparando sanções aos países ocidentes. “A Rússia continua a ser parte da economia mundial e, nesse sentindo, nós não pretendemos prejudicar o sistema do qual nós mais nos sentimos parte. Nossos parceiros devem entender isso. Eles estão tentando nos empurrar para fora desse sistema, mas, por considerações geopolíticas, haverá restrições”, afirmou Putin. “Queria fazer um apelo a vocês, pedir para entenderem o que está acontecendo”, acrescentou o presidente russo, que pediu para que a população continue trabalhando para manter a produtividade.
13h30 – Rússia invade zona de exclusão nuclear de Chernobyl
O assessor do Ministério do Interior da Ucrânia, Anton Geraschenko, informou que tropas russas invadiram a zona de exclusão nuclear de Chernobyl. Segundo Geraschenko, se os depósitos com restos radioativos forem danificados, “a poeira nuclear pode se espalhar por todo o território da Ucrânia, de Belarus e dos países da União Europeia”.
13h20 – Presidente da Ucrânia autoriza população a pegar em armas
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, concedeu uma entrevista coletiva nesta quinta-feira, 24, autorizando a população a pegar em armas para se defender dos russos. “Nosso Exército é poderoso. Nosso povo também é poderoso e precisa apoiar o nosso Exército”, disse Zelensky. “Cada cidadão da Ucrânia deve decidir o futuro de nosso povo. Qualquer pessoa com esperança militar que a puder ajudar na defesa da Ucrânia deve se reportar às estações”, informou o presidente. “Os cidadãos podem usar armas para defender o território”, declarou.
13h07 – Russos manifestam contra a invasão da Ucrânia
Cidadãos russos ocuparam as ruas da cidade de São Petersburgo, na Rússia, para manifestar contra a invasão da Ucrânia. O principal líder da oposição de Putin, Alexei Navalny, que está preso, se pronunciou sobre a operação militar. “Sou contra esta guerra. Acredito que esta guerra entre Rússia e Ucrânia está sendo travada para acobertar o roubo de cidadãos russos e desviar sua atenção dos problemas que existem dentro do país, da deterioração da economia”, disse Navalny, de acordo a AFP.
???? [AGORA] Protesto contra a invasão da Ucrânia em São Petersburgo, Rússia:pic.twitter.com/dEh8nqdUgs
— Mundo News (@Mundo__News) February 24, 2022
12h50 – Ataques cibernéticos atingem organizações ucranianas
12h40 – Aeronaves chinesas entram na zona área de defesa de Taiwan
Nove aeronaves chinesas entraram na zona de defesa área de Taiwan, disse o Ministério da Defesa do país, de acordo com informações da agência de notícias Reuters. O aviso da força aérea chega no mesmo dia em que a Rússia invadiu a Ucrânia. Na quarta-feira, 24, a China deu um aviso que a ilha “não é a Ucrânia” e sempre foi parte inalienável do país. Com isso, a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, pediu um reforço à vigilância sobre as atividades militares, temendo que a China, que reivindica a península como parte do seu território, faça algum movimento.
10h30 – Em fuga, ucranianos encaram congestionamento e lotam fronteiras
Temendo uma escalada na invasão das tropas da Rússia, milhares de ucranianos tentam deixar a capital Kiev e o país indo para nações vizinhas. Com isso, foram formados enormes congestionamentos e um grande fluxo nas fronteiras. O Serviço de Guarda de Fronteiras da Ucrânia informou que o fluxo de carros na fronteira com países vizinhos aumentou, sendo que Romênia, Hungria e Polônia são os locais mais visados. “Deve-se notar que atualmente não há restrições à saída de cidadãos ucranianos para o exterior, exceto conforme previsto em lei”, diz o serviço.
12h34 – Mourão condena ataque da Rússia e compara à ação da Alemanha hitlerista
O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão (PRTB-RS), se pronunciou na manhã desta quinta-feira, 24, sobre a invasão da Rússia ao território da Ucrânia em uma operação militar ofensiva que teve início nesta madrugada. Ele condenou a ação dos russos e disse acreditar ser necessário ‘o uso da força’. Para Mourão, se os países do ocidente não entrarem no conflito ao lado da Ucrânia, será aberto um precedente para que a Rússia invada e conquiste os territórios de outros países. Ao falar da questão, ele comparou a ação da Rússia àquela executada pela Alemanha nazista no pré-guerra.
12h32 – Dólar avança com invasão da Rússia à Ucrânia; Bolsa recua aos 110 mil pontos
Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro operam no campo negativo nesta quinta-feira, 24, seguindo o pessimismo global após o avanço das tropas russas sobre a Ucrânia. Por volta das 12h25, o dólar registrava forte alta de 2,57%, cotado a R$ 5,133. Seguindo o clima negativo em todo o mundo, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, operava com retração de 0,72%, aos 110.085 pontos.
11h36 – Série de ataques russos deixa dezenas de mortos
Horas depois do início da operação militar russa, o cenário na Ucrânia é de guerra. Segundo as autoridades ucranianas, as Forças Armadas da Rússia realizaram ataques e bombardeios em diversas regiões do país, incluindo em grandes cidades do país, como Odessa, no sul da Ucrânia, e a capital Kiev. Na cidade de Odessa, foram registradas 18 mortes em um ataque realizado contra uma base militar próxima ao porto da cidade. Anteriormente, as autoridades ucranianas já haviam confirmado a morte de 40 soldados e de ao menos uma dúzia de civis em ataques por todo o país.
11h35 – Governo brasileiro se manifesta pela ‘suspensão imediata das hostilidades’
O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota na manhã desta quinta-feira, 24, solicitando a “suspensão imediata das hostilidades” entre Rússia e Ucrânia. A declaração vem após o presidente russo, Vladimir Putin, autorizar uma operação militar no país vizinho. Na última segunda, 22, a Rússia reconheceu as independências das repúblicas de Donetsk e Luhansk, internacionalmente reconhecidas como pertencentes à Ucrânia. O Itamaraty disse acompanhar com “grave preocupação” a investida russa.
11h03 – Porta-voz da Rússia diz que o país quer ‘limpar a Ucrânia de nazistas’
Secretário de imprensa de Vladimir Putin, Dmitry Peskov, disse a jornalistas que a Rússia espera limpar a Ucrânia de nazistas. O comentário se refere a uma propaganda russa que alega que a Ucrânia é controlada por neo-nazistas e fascistas. Enfatizando o que foi dito por Putin nesta semana, Peskov falou que a Rússia quer desmilitarizar a Ucrânia. Quando questionado se a Rùssia queria uma mudança de regime em Kiev, o secretário disse que esse é um assunto para o povo ucraniano.
10h35 – China sinaliza apoio tácito a Moscou no dia da invasão à Ucrânia
O ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, disse ao chanceler russo que compreende as preocupações razoáveis da Rússia em matéria de segurança, e Hua Chunying, disse que a China está acompanhando de perto os últimos acontecimentos e pediu que todas as parte tenham moderação para evitar que a situação saia do controle. Na quarta-feira, a China tinha feito seu primeiro posicionamento sobre o assunto e acusou os Estados Unidos de serem os principais responsáveis pelo que está acontecendo.
10h31 – Jogadores brasileiros de Shakhtar e Dínamo de Kiev pedem ajuda para deixar Ucrânia
Os jogadores brasileiros do Shakhtar Donetsk e do Dínamo se reuniram em Kiev, nesta quinta-feira, 24, e pediram ajuda à embaixada do Brasil para deixar a Ucrânia. Ao lado dos familiares, os atletas gravaram vídeos solicitando a saída imediata do país europeu. “Aqui estamos todos reunidos com as nossas famílias, hospedados em um hotel. Pedimos ajuda devido à falta de combustível na cidade e às fronteiras fechadas. Então, não temos como sair. Pedimos apoio ao governo do Brasil”, declarou um deles.
8h11 – Rússia lança segunda onda de ataques contra Kiev; Ucrânia diz que 40 soldados do país foram mortos
As Forças Armadas da Rússia lançaram uma segunda onda de ataques contra cidades ucranianas. Foram registradas explosões na capital Kiev e em outras seis cidades do país. Os ataques começaram por volta das 12h (horário local, 7h no horário de Brasília). Um assessor do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, informou que mais de 40 soldados ucranianos morreram nas primeiras horas da invasão russa. “Sei que mais de 40 soldados ucranianos foram mortos e várias dezenas estão feridos e fala-se de uma dúzia de civis mortos”, afirmou o Oleksiy Arestovych, que detalhou que as mortes foram causadas por ataques aéreos. Zelensky também colocou as armas do governo à disposição dos cidadãos que desejarem ajudar na defesa do território ucraniano e pediu à população que ajude na doação de sangue.
7h06 – Líderes europeus condenam invasão da Rússia e prometem apoio à Ucrânia
Em reação à invasão da Rússia à Ucrânia, diversos líderes europeus se manifestaram, condenando a movimentação e pedindo que Vladimir Putin pare com os ataques. O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, disse que seu país condena o que chamou de “violação flagrante do direito internacional” e afirmou que esta quinta-feira, 24, é um “dia sombrio para a Europa”. “A Alemanha condena este ato imprudente do presidente Putin nos termos mais fortes possíveis. Nossa solidariedade é com a Ucrânia e seu povo. A Rússia deve parar esta ação militar imediatamente. No quadro do G7, da OTAN e da UE, iremos coordenar-nos hoje de perto”, afirmou Scholz.
6h06 – Ucrânia afirma ter abatido 50 russos e derrubado 8 aeronaves; Rússia diz ter destruído defesa antiaérea ucraniana
Os impactos da guerra iniciada pela Rússia na Ucrânia começam a ser contabilizados. Segundo o exército ucraniano, 50 ocupantes russos foram mortos nesta quinta-feira, 24, além de seis aviões e dois helicópteros inimigos terem sido abatidos. “Os guardas de fronteira ucranianos não estão oferecendo resistência às unidades russas. As defesas aéreas ucranianas foram suprimidas. A infraestrutura militar das bases da Força Aérea ucraniana foi degradada”, disse o Ministério da Defesa russo.
3h12 – Chefe da Otan condena ‘ataque não provocado e irresponsável’ da Rússia à Ucrânia
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, condenou nesta quinta, 24 o “ataque irresponsável e não provocado” da Rússia à Ucrânia e alertou que isso coloca “inúmeras” vidas em risco. “Mais uma vez, apesar de nossas repetidas advertências e esforços incansáveis para se engajar na diplomacia, a Rússia escolheu o caminho da agressão contra um país independente e soberano”, disse Stoltenberg em um comunicado.
03h01 – Presidente da Ucrânia declara ‘lei marcial’ no país após ataques russos
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelesnky, declarou ‘lei marcial’ no país após a Rússia iniciar ataques militares contra cidades ucranianas. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Zelensky pede à população que não entre em pânico e sugere que devam ficar em casa. A ‘lei marcial’ é um instrumento utilizado por governos em períodos de crises gravíssimas e significa que uma autoridade militar assumiu o comando do Estado. Ela permite limitar liberdades fundamentais dos cidadãos, como o direito de ir e vir, o de se reunir ou o de se manifestar livremente.
02h13 – Explosões são ouvidas em Kiev e outras cidades da Ucrânia; chanceler afirma que invasão em larga escala começou
Várias fortes explosões foram ouvidas no início desta quinta, 24, no centro de Kiev e em outras cidades da Ucrânia pouco após o anúncio pelo presidente russo, Vladimir Putin, de uma operação militar contra a Ucrânia. Pelo menos duas explosões foram ouvidas na capital, Kiev. Outros relatos dão conta de explosões em cidades importantes, como Kharkiv e Dnipro. Na cidade portuária de Mariupol, a principal metrópole controlada por Kiev perto da linha de frente no leste do país, também foram ouvidas fortes explosões, assim como em Odessa, porto no Mar Negro. Segundo o serviço de emergência do Estado Ucraniano, dez regiões do país foram atacadas, primariamente nas áreas leste e sul do país, e vários aviões foram atingidos nos aeroportos. O chanceler da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que uma invasão em larga escala foi iniciada pela Rússia.
01h39 – Biden se manifesta: ‘O mundo considerará a Rússia como culpada’
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, divulgou um comunicado no qual condena os ataques russos à Ucrânia e afirma que os EUA e seus aliados responderão ao ocorrido de forma unida e decisiva. “O Presidente [russo, Vladimir] Putin escolheu uma guerra premeditada que irá trazer uma perda catastrófica de vidas e muito sofrimento humano. Apenas a Rússia é responsável pelas mortes e destruição que esse ataque trará, e os Estados Unidos e seus aliados responderão de uma forma unida e decisiva. O mundo considerará a Rússia como culpada”, afirmou o ocupante da Casa Branca. Biden ainda acrescentou que irá monitorar a situação e se reunir com os outros mandatários do G7 pela manhã, antes de anunciar as consequências que serão impostas a Moscou.
Noite de quarta-feira, 23 – Putin autoriza início de operação militar na Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou na noite de quarta-feira, 23, uma operação militar na Ucrânia para defender os separatistas no leste do país. “Tomei a decisão por uma operação militar”, declarou Putin em uma mensagem inesperada, transmitida pela televisão, pouco antes da meia-noite no horário de Brasília. Na mensagem, o mandatário russo pediu aos militares ucranianos que “deponham as armas e vão para casa”, e disse que qualquer derramamento de sangue estaria na conta do governo ucraniano de Kiev.