AO VIVO: Senadores votam relatório final da CPI da Covid-19; acompanhe

Sessão desta terça-feira, 26, será a última da CPI da Covid-19

No ato final da CPI da Covid-19, os senadores votam, nesta terça-feira, 26, o relatório final da comissão, de autoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL). Minutos antes do início da sessão, o G7, grupo do colegiado formado pelos parlamentares independentes e de oposição, ainda debatia a inclusão ou não do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e do ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campêlo na lista de pedidos de indiciamento. Segundo o senador Otto Alencar (PSD-BA), foi costurado um acordo, na noite da segunda-feira, 25, para incluir os dois nomes, atender a um pedido do senador Eduardo Braga (MDB-AM) e garantir os sete votos do bloco majoritário para a aprovação do parecer.

“Consegui que o Eduardo Braga conversasse com o Aziz [sobre esse assunto], até porque a CPI surgiu pelo requerimento que foi feito em razão da crise de Manaus. Tivemos problemas com o secretário de Saúde, com o governador, que é réu dentro desse processo, várias ações da PF. Nessa conversa do Aziz com Braga, eu estava presente e praticamente se chegou à conclusão de que deveria constar o nome do governador e do secretário de Saúde como indiciados. Ficou mais ou menos combinado. Falei com o Renan Calheiros hoje de manhã e com o Eduardo Braga e acho que isso é o que vai constar no relatório”, disse Otto. No total, o relatório do senador Renan Calheiros pedirá o indiciamento de 78 pessoas. Acompanhe a cobertura ao vivo da Jovem Pan:

11:07 – Girão pede rejeição de relatório de Renan

Na conclusão da leitura de seu voto em separado, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) defendeu a rejeição do relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e pediu outras providências: indiciamento do secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, por organização criminosa, improbidade administrativa, fraude em licitação e corrupção passiva; o aprofundamento das investigações sobre a atuação de pessoas envolvidas com o caso Covaxin, como Marcos Tolentino, Francisco Maximiano, Danilo Trento, Roberto Pereira Ramos e Túlio Silveira, e no caso Davati, como Luiz Paulo Dominguetti, Cristiano Carvalho, Roberto Ferreira Dias, Regina Célia, Marcelo Blanco e Amilton Gomes de Paula.

11:00 – Girão: ‘Médicos sofreram o mais cruel ataque à sua autonomia’ 

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) utiliza seu tempo de fala para reforçar uma de suas bandeiras desde o início dos trabalhos da CPI. De acordo com o parlamentar, “os cientistas estão dividos e acuados por uma infeliz politização do tratamento precoce”. Ao longo das sessões, Girão defendeu o uso de medicamentos do chamado “kit-Covid”, comprovadamente ineficazes para o tratamento de pessoas infectadas com o novo coronavírus. “Os médicos sofreram o mais cruel ataque à sua autonomia”, afirmou o integrante da CPI. Ele acrescentou que “a CPI chega ao fim com a necessidade de aprofundar as investigações” sobre diversos casos, entre eles, o da tentativa de venda de vacinas que não existiam pela empresa Davati Medical Supply.

10:50 – Aziz a Girão: ‘Covardia não fez parte da direção da CPI’ 

No início da leitura de seu voto em separado, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) disse que a cúpula da CPI da Covid-19 se acovardou e não investigou eventuais desvios de recursos enviados pelo governo federal a Estados e municípios – por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), os governadores não puderam ser convocados. A afirmação do parlamentar gerou reação do presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM). “A única coisa que essa CPI não teve, por parte da grande maioria [da comissão], foi se acovardar diante dos fatos. Apesar de toda a massificação de robôs para destruir reputação e disseminar fake news, não arredamos o pé um minuto de investigar”, disse. “A covardia não fez parte da direção desta CPI. A gente discorda de posicionamentos, mas dizer que nos acovardmos, não. Covardia é uma palavra que não cabe na minha história nem na história de outros companheiros dessa comissão”, seguiu.

10:40 – Contarato faz apelo por indiciamento de Bolsonaro por genocídio de indígenas

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) pediu ao senador Renan Calheiros (MDB-AL) que inclua em seu relatório o pedido de indiciamento do presidente Jair Bolsonaro pelo crime de genocídio de indígenas. “Aqui nesta CPI vigora o princípio do in dubio pro societate. Eu tenho que proteger a sociedade. Se o Ministério Público entender que o crime contra a humanidade absorve o genocídio de povos indígenas, perfeito. Eu estarei aqui, como defensor da democracia, atendendo. Faço este último apelo: coloque o genocídio de indígenas no relatório de Vossa Excelência, porque mais de 1.200 indígenas perderam a vida”, disse Contarato. “É uma política anti-indigienista o que o governo federal tem feito. Com a Covid-19, ele só agravou e tem a digital na morte desses nossos irmãos”, acrescentou.

10:35 – Eduardo Braga retira voto em separado; Girão pede inclusão de outros governadores

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) retirou seu voto em separado, que acolhia a íntegra do parecer do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e pedia o indiciamento do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) e do ex-secretário de Saúde do Estado Marcellus Campêlo. A inclusão foi feita por Calheiros. Na sequência, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), integrante da tropa de choque governista na CPI, pediu à cúpula da comissão que incluísse governadores de outros Estados, como Pará e Santa Catarina, e do secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Eduardo Gabas. “Por questão de coerência, isonomia e justiça”, justificou.

10:33 – Aziz sobre live de Bolsonaro: ‘Presidência não é cargo de boteco’

No início da sessão, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), falou sobre a live da quinta-feira, 21, na qual o presidente Jair Bolsonaro disseminou uma notícia falsa e afirmou que pessoas vacinadas contra a Covid-19 estão desenvolvendo AIDS – a transmissão ao vivo foi retirada do ar pelo Facebook, pelo Instagram e pelo YouTube. “É muito grave o que foi colocado pelo presidente. O Congresso tem que se posicionar em relação a isso. A Presidência é uma instituição. A Presidência não é cargo de boteco, em que voce fala o que quer tomando cerveja e comendo churrasquinho. O presidente da república, que se reporta ao povo baseado em um estudo que não tem cabimento nenhum e fala uma coisa dessas quando estamos implorando para a população se vacinar, veja bem. Tem gente ainda que diz para mim ‘será que a PGR vai engavetar?’. Os fatos são maiores do que qualquer argumento que se possa escrever. São provas que foram dadas à população brasileira”, disse Aziz.

10:26 – Sessão é aberta

Presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), abre sessão desta terça-feira, 26.

 

 


Fonte: Jovem Pan

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