A articulação política do governo Bolsonaro entrou em campo nos últimos dias para tentar vencer a resistência de deputados federais à PEC dos Precatórios, que abre espaço fiscal para o pagamento de R$ 400 mensais a beneficiários do Auxílio Brasil, programa social que substituirá o Bolsa Família, e muda a regra do teto de gastos. Líderes do Palácio do Planalto montaram uma força-tarefa para tentar conquistar os 308 votos necessários para a aprovação da proposta e pretendem votar o texto na quarta-feira, 3. Apesar do esforço, a Jovem Pan apurou que a matéria deve travar no Senado, onde o governo federal tem acumulado derrotas.
Senadores ouvidos pela reportagem reconhecem a importância do programa social, destinado a famílias em situação de vulnerabilidade, neste momento de crise econômica, mas afirmam que a reação negativa do mercado financeiro, que viu na proposta uma burla ao ajuste fiscal, mudou o clima na Casa. Assim como na Câmara, o Planalto sabe que dificilmente terá os votos da oposição. Mas há resistência, inclusive, dentro de partidos de centro. “A PEC é um tiro no pé”, afirmou à Jovem Pan um senador de um partido que integra a base do governo Bolsonaro. Por se tratar de uma emenda à Constituição, são necessários 49 votos.
Fonte: Jovem Pan