Desde o final de semana, quando a cidade de Bucha foi recuperada pelas tropas ucranianas e dezenas de corpos de civis foram encontrados largados nas ruas, Rússia e Ucrânia intensificaram as acusações, um ao outro, sobre crimes de guerra. Por uma lado, Kiev diz que as tropas russas têm cometido atrocidades contra a população, por outro, Moscou diz que os ucranianos estão mentindo e usando civis como escudos. Mesmo diante desse cenário, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, garantiu nesta quarta-feira, 6, que as negociações de cessar-fogo continuam. “O trabalho continua. Ainda há muito caminho pela frente”, disse em entrevista coletiva que concede diariamente.
As imagens sobre um suposto massacre em Bucha, veio à tona, segundo o chanceler, em um momento em que “se viu alguma luz” nas negociações de paz. Entretanto, apesar disso, Peskov garante que embora se desenvolva de uma forma “mais lenta” do que Moscou gostaria, o trabalho prossegue. No último encontro presencial que aconteceu entre representantes dos dois países, os lados falaram que com o avanço já dava para pensar em agendar uma visita entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky. Na terça-feira, 5, foi divulgado oficialmente que o líder russo está disposto a se reunir com o presidente da Ucrânia. No entanto, o próprio Kremlin apontou que o encontro só será possível quando se chegar a um acordo sobre o documento final das negociações entre Moscou e Kiev.
*Com informações da EFE