Após eleição no Congresso, governo articula prioridades e espera cobranças do Centrão

Apesar do presidente negar a intenção de fazer uma reforma ministerial ampla, parlamentares defendem a substituição de ministros e o desmembramento do superministério da Economia

Passada a euforia inicial com a vitória de Arthur Lira na Câmara dos Deputados e de Rodrigo Pacheco no Senado Federal,  o governo já se articula para eleger as prioridades para o início do ano. O presidente Jair Bolsonaro, que admitiu que tinha a intenção de interferir na disputa, disse nesta terça-feira, 02, que ficou só na torcida. Já o vice-presidente, general Hamilton Mourão, lembrou da importância das reformas avançarem no Congresso Nacional. Em uma avaliação preliminar, ele aponta que, nesse momento, a reforma tributária seria mais importante que a reforma administrativa. Ele também reforçou o discurso do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que uma possível prorrogação do auxílio emergencial deve vir acompanhada de corte de despesas. “Tem que buscar uma solução. Tem que ter uma solução que você tira de um lado para colocar do outro né?”

O vice-presidente ainda rebateu críticas de que o governo estaria cedendo à política do “toma lá dá cá”, negociando emendas e cargos em troca de apoio político no Congresso Nacional. “Quando o presidente não fez ligação com o Congresso ele não estava indo bem porque não tinha ligações com o Congresso. Agora ele tem ligações. É aquela história, a gente tem que saber trabalhar com as peças que estão no tabuleiro”, disse. Entre os apoiadores do presidente Bolsonaro, o clima nesta terça-feira foi de animação e comemoração pela vitória, como se fosse uma largada pela reeleição do presidente. Agora, definida a questão no Congresso, o governo já espera as cobranças do Centrão. O que se comenta é que o ministério da Cidadania deve ficar com o partido de Arthur Lira (PP). Mas, apesar do presidente negar a intenção de fazer uma reforma ministerial ampla, muitos parlamentares defendem a substituição de outros ministros e o desmembramento do superministério da Economia que hoje está sob a responsabilidade de Paulo Guedes.


Fonte: Jovem Pan

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