Após superar colapso, Amazonas cede 72 leitos para pacientes de outros Estados

Boletim epidemiológico fechou sem registrar pedidos de transferências em aberto em Manaus pelo segundo dia consecutivo

Em janeiro e fevereiro de 2021, o Amazonas viveu um colapso na área da saúde. A falta de oxigênio para pacientes hospitalizados em diversos hospitais de Manaus, levando pacientes à morte por asfixia, e a falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que fez com que pacientes fossem transferidos para outros Estados, foram algumas das crises enfrentadas pelos amazonenses no começo deste ano. Após superar o colapso e zerar a fila de espera para leitos de UTI, o governo do Estado deu início à “Operação Gratidão“. “Nos últimos dias estamos percebendo uma redução alta dos chamados para leito de UTI-Covid. E nesta semana temos zero chamados para UTI Covid em Manaus, e pouco mais de seis, sete casos no interior, o que, no geral, deixa o Amazonas com uma taxa de ocupação bem tranquila. Essa folga é que nos permite ofertar leitos para outros estados”, explicou o secretário executivo de Assistência da Capital, Jani Kenta Iwata. Na terça-feira, 23, o boletim epidemiológico fechou sem registrar pedidos de transferências em aberto em Manaus pelo segundo dia consecutivo.

Com a operação, o Amazonas cedeu 72 leitos para pacientes Covid-19 de outros Estados, sendo 54 leitos clínicos e outros 18 leitos de UTI para pacientes de Rondônia e do Acre. O Amazonas também já recebeu 27 pacientes de outros locais para tratamento no Estado. A iniciativa estadual, que é realizada em conjunto com o Ministério da Saúde, ainda tem enviado insumos para outras unidades federativas. A SES-AM enviou 200 cilindros de oxigênio para o Paraná, 70 concentradores de oxigênio para o Rio Grande do Norte e outros 50 concentradores para Rondônia. Rondônia também já recebeu 18 mil unidades de medicamentos para tratamento da Covid-19, dentre os quais neurobloqueadores e sedativos. “A ‘Operação Gratidão’ é uma retribuição a ajuda que o Amazonas recebeu de outros estados na fase mais aguda da pandemia, nos meses de janeiro e fevereiro”, diz a Secretaria de Saúde.


Fonte: Jovem Pan

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