O Banco Central informou nesta quinta-feira, 30, que 395 mil usuários do Banco do Estado de Sergipe S.A (Banese) tiverem seus números de celular, que usam como chave Pix, vazados. Segundo o BC, apenas dados cadastrais, que não permitem a movimentação de recursos ou acesso às contas, foram atingidos. Em nota, o Banese pediu que os clientes tenham atenção redobrada em cuidados básicos, como sempre suspeitar de mensagens SMS, ligações de pessoas fingindo ser funcionários do banco e e-mails ou páginas falsas que tentem se passar pelas oficiais da instituição financeira. Golpes envolvendo o Pix estão cada vez mas perigos e chamam atenção da polícia. Nesta quinta, a Polícia Militar de São Paulo desmantelou uma quadrilha que aplicava os golpes usando o sistema de pagamentos instantâneos. Um homem era mantido em cárcere privado enquanto três suspeitos faziam ligações para amigos e parentes pedindo valores a serem transferidos pelo Pix para a liberação da vítima. Os policiais estiveram no local e conseguiram liberar o homem, enquanto os sequestradores foram detidos.
Para tentar diminuir os crimes envolvendo golpes em usuários do Pix, o Banco Central anunciou alterações no funcionamento das transações. Para Fernando Capez, diretor do Procon-SP, as medidas representam um primeiro passo. “Se o banco suspeitar que existe algum tipo de fraude, ele pode bloquear a conta por 72 horas. Mas o Procon entende que isso não é suficiente, porque o sistema de controle do banco pode falhar e isso não resolve os sequestros, latrocínios. É necessário uma medida global”, afirma. A entidade se reúne com o Banco Central no dia 5 de outubro para apresentar novas medidas que visam a segurança dos usuários do Pix, como o limite máximo de R$ 1 mil por transação por mês.
Para envios superiores ao valor, somente para contas cadastradas a mais de 48 horas. A proposta é que o consumidor possa pedir alteração do limite mensal, mas ela não será instantânea. “A dificuldade é feita para o criminoso, é criada para evitar que a pessoa sofra um determinado golpe. Evidentemente, não são medidas definitivas, para sempre. São medidas por um prazo de 60 dias, 90 dias, até que a gente vá conseguindo alertar todo mundo a respeito dos golpes que estão sendo aplicados”, pontua Capez. Segundo o diretor do Procon de São Paulo, os latrocínios envolvendo o Pix já representam 15% do total.
Fonte: Jovem Pan