Fernando Diniz foi apresentado oficialmente pelo Santos na manhã desta segunda-feira, 10. Em entrevista coletiva, o treinador fez um balanço sobre a sua carreira e disse ter evoluído após a sua passagem pelo São Paulo, entre setembro de 2019 e janeiro de 2021 – o técnico acabou sendo demitido após uma abrupta queda do time, que perdeu a liderança do Campeonato Brasileiro depois de abrir sete pontos de vantagem para o segundo colocado. “Futebol não se responde ao simples como acham. Não vencemos ou perdemos pelo estilo de jogo. É a ponta do iceberg, vai além. Fui responsável pela ascensão e declínio do São Paulo. Assisti aos jogos até 20 vezes para melhorar a condição tática e não se acha fácil. Há relações… Estilo sempre se aprimora. Podemos melhorar, claro, mas são coisas sutis. Na maneira que eu enxergo futebol, há coisas mais importantes que o caminho fácil. Podemos pensar que estamos acertando e mexer no que já era positivo. Refleti muito sobre o último trabalho e melhorando. Hoje vem um Diniz melhor”, disse.
“Espero um grande trabalho, um passo adiante do que tenho feito na minha carreira. Minha vontade é se dar bem, se respeitar. Não é uma esperança, é expectativa. Tenho confiança de parceria forte com diretoria e elenco. Comissão, jogadores e diretoria são os trabalhadores. Imprensa avalia como acha pertinente, com respeito sempre, e temos que entregar vitórias ao torcedor. Torcedor quase sempre tem razão. Temos que entregar aquilo que torcedor espera: vitórias e bom futebol”, completou Diniz, que estreará nesta terça-feira, 11, na partida contra o Boca Juniors, válida pela quarta rodada da fase de grupos da Copa Libertadores da América.
O treinador, no entanto, pegará um clube em situação delicada. Além de estar em um momento financeiro péssimo, o Santos não se classificou para as quartas de final do Campeonato Paulista, tendo risco de queda no Estadual até a última rodada. Insatisfeitos, alguns torcedores chegaram a apedrejar o ônibus do clube, na noite do último domingo. Diniz, por outro lado, acredita que a equipe conseguirá dar a volta por cima na temporada mesmo com poucos reforços. “Poucos e bons reforços. Santos não precisa de muitos, precisa de qualidade. A partida de ontem, e vou ressaltar de novo, teve muita maturidade. Ganho emocional… Os mais jovens viveram isso pela primeira vez e responderam bem. Brasileiro é logo, tem Libertadores e Copa do Brasil, e precisamos de consistência. Não existe fórmula, mas precisamos de uma unidade e trabalho coletivo. Precisamos de muito trabalho, tático e emocional, e isso vai levar um certo tempo. Mas time tem demonstrado boas partidas mesmo sem resultado. Bons jogos contra Palmeiras, Red Bull, Boca, The Strongest… Vamos procurar otimizar o que vem sendo feito em busca de temporada positiva”, disse. “Minha característica principal é a vontade de ajudar os jogadores para renderem bem e levarem alegria ao torcedor. É o principal, o que mora dentro de mim. Gosto de melhorar os jogadores. Tendo jogadores melhores, com mais confiança e entendendo melhor o jogo e a vida, teremos time mais forte. E assim levamos alegria ao torcedor. É a simbiose que procuro. Algo alegre, positivo”, finalizou.
Fonte: Jovem Pan