Aprovação do Orçamento com ‘Fundão turbinado’ gera críticas à base bolsonarista no Congresso; entenda

Deputados bolsonaristas foram cobrados por criticar o aumento do Fundão, mas aprovar a LDO 

Em um dos últimos atos antes do recesso parlamentar, o Congresso aprovou, nesta quinta-feira, 15, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022. Na Câmara dos Deputados, a LDO foi aprovada por 278 votos a 145, enquanto que, no Senado, o placar foi de 40 a 33. Embora seja responsável por apontar as prioridades do governo para o próximo ano, a matéria gerou repercussão nas últimas horas porque foi incluído no texto um Fundo Eleitoral turbinado, cujo valor foi praticamente triplicado – se nas eleições municipais de 2020 os partidos tiveram R$ 2 bilhões à disposição, para o pleito do ano que vem o montante será de R$ 5,7 bilhões. No Twitter, as hashtags #Fundo6bi e #VetaBolsonaro se tornaram dois dos assuntos mais comentados entre a noite de quinta e a manhã desta sexta-feira, 16. Além disso, nas redes sociais, a base bolsonarista foi cobrada por criticar o aumento do Fundão, mas aprovar a lei.

A tentativa de barrar o aumento do Fundão foi uma iniciativa do partido Novo que contou com o apoio de outras três legendas: Cidadania, PSOL e Podemos (veja imagem abaixo). A sigla, liderada pelo deputado Vinicius Poit (Novo-SP), apresentou um destaque, isto é, um pedido de alteração do texto-base, a fim de retirar das regras do Orçamento a previsão de cálculo para o financiamento de campanha. Neste caso, o valor destinado ao fundo eleitoral precisaria ser definido na Lei Orçamentária Anual (LOA), a ser entregue pelo governo Bolsonaro ao Congresso até agosto. Apesar disso, a iniciativa do Novo não foi aprovada. Seriam necessários 257 votos para o destaque passar, mas os quatro partidos, juntos, somam 35 deputados.

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Reprodução/Câmara dos Deputados


Fonte: Jovem Pan

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