Augusto Aras não vê crime em conversa entre Bolsonaro e Kajuru e pede arquivamento

Em sua manifestação ao STF, Aras minimizou: uma "conversa informal" e "natural" o interesse de ambos pela CPI

O procurador-geral da República, Augusto Aras, se posicionou junto ao Supremo Tribunal Federal contra a possibilidade de crime no diálogo entre o presidente Jair Bolsonaro e o senador Jorge Kajuru. O parlamentar do Podemos gravou e divulgou o áudio sobre a CPI da Covid-19. A Comissão Parlamentar de Inquérito foi instalada nesta terça-feira, 27, no Senado. Aras apresentou seu parecer após ação de deputados do PSOL. Os parlamentares alegam que Bolsonaro cometeu os crimes de advocacia administrativa e corrupção ativa. O ministro Kassio Nunes Marques, indicado no ano passado ao STF pelo presidente Jair Bolsonaro, é o relator do processo. Aras pediu o arquivamento do caso e há a expectativa de que Nunes Marques siga o entendimento do procurador-geral.

A conversa foi divulgada no dia 11 de abril, três dias após o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, determinar a instalação da CPI. No diálogo, Bolsonaro cobra a ampliação do foco da comissão aos estados e municípios, além das ações do governo federal na pandemia. O PSOL sustenta que Bolsonaro cometeu o crime de advocacia administrativa, ao utilizar o seu cargo para defender interesses próprios e corrupção ativa, pela oferta de apoio político a Kajuru, pela ampliação do alcance da CPI. Em sua manifestação ao STF, Aras minimizou: uma “conversa informal” e “natural” o interesse de ambos pela CPI. “Não há como se extrair das falas transcritas que o presidente da República defendeu, ao manifestar-se pela ampliação da investigação, interesses particulares de outrem, tendo ele deixado claro tratar-se, sob seu ponto de vista, do melhor cenário para o País”, afirmou Aras no processo.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos


Fonte: Jovem Pan

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