O Tribunal Federal da Austrália deu início a análise de um recurso apresentado pelos advogados do sérvio Novak Djokovic contra a decisão do governo de cancelar pela segunda vez o visto concedido ao tenista e, assim, o deportar. O ministro da Imigração da Austrália, Alex Hawke, argumenta que a presença de Djokovic – que está confinado em um hotel para imigrantes em Melbourne e pode ficar três anos proibido de entrada no país – pode alimentar o “sentimento antivacina” e levar à perturbação da ordem pública. Entretanto, a defesa do tenista, que não se vacinou contra a Covid-19 e se opõe à imunização obrigatória, disse que os argumentos do ministro são irracionais e prejudicarão “um homem de grande reputação” que tem uma boa razão médica para não ser vacinado.
Djokovic busca disputar o Aberto da Austrália para conquistar o torneio pela 13ª vez e se tornar o único vencedor de 21 Grand Slams no tênis masculino. O caso sobre a entrada do tenista no país coincide com um pico no número de contágios na Austrália ligados à variante Ômicron do coronavírus. Antes de ser isolado, Djokovic se reuniu com os advogados para discutir a estratégia jurídica do caso. Depois disso, ele foi transferido pelas autoridades ao Hotel Park, onde já tinha sido retido entre a quarta-feira da semana passada, quando o seu visto foi revogado pela primeira vez, e a última segunda-feira, 10, quando um tribunal o deixou em liberdade.
Fonte: Jovem Pan