Autora da PEC do voto impresso e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, a deputada Bia Kicis (PSL-DF) associou a possível derrota do parecer na comissão especial à pressão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Durante uma manifestação que aconteceu neste domingo, 1, em Brasília, a parlamentar criticou ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal e disse que não cabe a eles decidir como será a apuração dos votos. “A pressão é muito grande. Quando nós aprovamos o tema em comissão tínhamos 33 votos a cinco. Os parlamentares eram todos favoráveis, mas a pressão que vem do TSE é muito grande”, declarou a deputada, em referência à aprovação da admissibilidade da PEC na CCJ em 2019. A apreciação do tema ficou engavetada pelo então presidente da Câmara, Rodrigo Maia, porém o atual, Arthur Lira (PP-AL), em sinal do seu compromisso com o presidente Jair Bolsonaro, autorizou a formação da Comissão Especial para tratar do voto impresso.
Inicialmente, havia maioria para aprovar a PEC na Comissão, mas em uma jogada coordenada, partidos políticos de centro e centro-direita trocaram membros que eram favoráveis ao tema por parlamentares contrários. A ideia é barrar o texto no nascedouro e evitar que ele vá ao Plenário. “Numa comissão de 34 parlamentares, uns 28, 30 eram favoráveis. O que eles fizeram, eles trocaram os integrantes. Eles colocaram deputados para pagar missão, para derrotar a PEC. Mas nós podemos com a força do povo nas ruas. Nós podemos virar esse placar”, disse a parlamentar. Ela também disse que a defesa do voto impresso auditável “não é birrinha de bolsonarista”. “A nossa arma nesse momento é o voto impresso, auditável. É a arma do povo. Respeitem o povo, ministro do Supremo e do TSE não recebeu voto de ninguém, não tem que decidir como vai ser a apuração. Nós queremos voto impresso auditável já. Contagem pública do voto já”, afirmou a parlamentar.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
Fonte: Jovem Pan