Em nota divulgada pela Casa Branca nesta segunda-feira, 12, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, comentou as manifestações registradas em Cuba no fim de semana, pediu que os protestos pacíficos fossem respeitados pelo governo e clamou pelos “direitos universais” daqueles que foram às ruas. “Os Estados Unidos apelam ao regime cubano para que escute seu povo e sirva suas necessidades neste momento chave, em vez de enriquecer a si próprios”, disse o comunicado divulgado pelo democrata. Além de Biden, a Organização das Nações Unidas (ONU) também se posicionou em defesa de manifestantes no país. Em coletiva de imprensa, o porta-voz da organização, Farhan Haq, disse que as manifestações da população precisam ser respeitadas. “Estamos, simplesmente, observando o que acontece e queremos que os direitos básicos das pessoas sejam respeitados”, disse. Ele também comentou os ataques sofridos por jornalistas nas manifestações e frisou a importância da imprensa livre e sem repressão.
Um dos profissionais feridos após repressão policial foi o fotógrafo espanhol Ramón Espinosa, da agência de notícias americana “Associated Press” (AP), que foi atacado por uma brigada governamental e precisou passar por uma cirurgia de reconstrução nasal. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram como a polícia e agentes de segurança reprimiram violentamente os manifestantes no domingo, que em muitos casos ficaram feridos, e em um deles aparece um homem fardado abrindo fogo com sua pistola no meio da rua. Apesar das evidências, o presidente do país, Miguel Díaz-Canel, negou em pronunciamento veiculado nesta segunda-feira que os protestos tenham sido reprimidos. “Eles já sugeriram que em Cuba nós reprimimos, assassinamos. Onde estão os assassinatos cubanos? Onde está a repressão cubana? Onde estão os desaparecidos em Cuba?”, questionou.
Fonte: Jovem Pan