O presidente Joe Biden declarou neste sábado, 26, que Vladimir Putin não deveria continuar no comando da Rússia. “Pelo amor de Deus, este homem não pode permanecer no poder”, declarou o americano em um discurso realizado em Varsóvia, na Polônia. Segundo agências internacionais, o pronunciamento foi realizado em frente ao Castelo Real, local que foi danificado durante a Segunda Guerra e atualmente é visto como um dos marcos da capital polonesa. No discurso classificado como importante pela Casa Branca, Biden também advertiu Putin, dizendo que terá consequências se suas tropas entrarem em determinadas regiões. “Nem pense em se mover um centímetro dentro do território da Otan”, enfatizou.
O governante dos EUA comentou que a guerra, iniciada há pouco mais de um mês, já se tornou um “fracasso estratégico para a Rússia” e disse aos ucranianos que os EUA estão juntos com eles. Biden também aproveitou a oportunidade para dizer aos russos que “eles não são inimigos” e que foi Putin quem colocou a Rússia novamente no “século 19”. Na visão do americano, essa invasão à Ucrânia pode culminar em uma guerra de décadas. “Nesta batalha, precisamos estar atentos. Esta batalha também não será vencida em dias ou meses”, pontuou o presidente, que discursou para uma multidão de cerca de mil pessoas, incluindo ucranianos refugiados na Polônia. Mais cedo, Biden esteve em um dos centros que estão recebendo essas pessoas que deixaram a Ucrânia no início da guerra e, após ver de perto a realidade dos refugiados, chamou Putin de “carniceiro”.
Em resposta, o Kremlin afirmou que as falas do presidente dos Estados Unidos reduzem a possibilidade de melhorar as relações entre Washington e Moscou. “Um líder deve permanecer calmo”, disse o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, à agência oficial TASS. “E, claro, esses insultos pessoais reduzem a oportunidade de melhorar nossas relações bilaterais. Você tem que estar ciente disso”, destacou Peskov, que também disse ter ficado surpreso com as acusações de Biden contra Putin. “Afinal, ele é o homem que uma vez exigiu, falando na televisão em seu país, que a Iugoslávia fosse bombardeada. Exatamente, bombardeios na Iugoslávia. Ele exigiu matar pessoas”, declarou Peskov. “Portanto, é claro, é no mínimo estranho ouvir uma coisa dessas dele.”
*Com agências internacionais