Bolsonaro afirma que Forças Armadas não vão cumprir ordens absurdas de ninguém

O presidente Jair Bolsonaro ao lado dos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia), em evento que marcou os primeiros mil dias de seu governo

Na manhã desta segunda-feira, 27, em cerimônia de lançamento do crédito Caixa Tem – que possibilitará a contratação de empréstimos entre R$ 300 e R$ 1000 pelo aplicativo Caixa Tem – o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursou, no Palácio do Planalto, sobre os mil dias de seu governo, celebrados hoje. Ele falou sobre diversos pontos de sua gestão, as críticas recebidas, o corpo de ministros, a pandemia da Covid-19 e sua relação com as Forças Armadas, destacando que o seu governo tem mais ministros militares que os governos de Castelo Branco e João Figueiredo. “As Forças Armadas estão aqui a meu comando. Se eu der uma ordem absurda elas vão cumprir? Não, nem a mim e nem a governo nenhum. As Forças Armadas têm que ser tratadas com respeito”, afirmou.

Bolsonaro defendeu seus ministros e também a sua gestão das críticas que vem recebendo, em relação a inflação e alta do dólar. “Mil dias de governo com uma pandemia que, muitos acham que o que acontece hoje, no tocante à economia, inflação, preços de combustíveis e alimentos, entre outros problemas, estão acontecendo porque eu sou o presidente e não, em grande parte, pelo que nós passamos e ainda estamos passando. Notícia de agora, ainda não confirmei, mas o gás no Reino Unido teve 300% de reajuste; o combustível nos Estados Unidos, esse eu estive lá, 40%. E alguns podem falar: o que nós temos a ver com o que acontece em outro país? O mundo todo está conectado. Uma decisão minha, uma fala minha equivocada ou distorcida, o que é muito comum, mexe com a bolsa, mexe com o preço do dólar”, declarou.

“Alguns acham que eu tenho o poder de decidir as coisas dentro da Petrobras. Nos Estados Unidos ninguém culpa o Governo por tudo o que acontece nos combustíveis. Aqui o grande acionista é o Governo Federal mas temos normas, temos regras, tem lei da paridade e tantas e tantas outras coisas”, argumentou Bolsonaro especificamente sobre a alta da gasolina nos postos de combustíveis brasileiros. Segundo o presidente, as críticas que recebe da população são fruto de julgamentos precipitados, antes das pessoas saberem o que realmente acontece na política. “Há uma passagem bíblica: por falta de conhecimento, o meu povo pereceu. Nós temos que ter conhecimento do que está acontecendo antes de culpar quem quer que seja. Só assim nós podemos ter soluções para o nosso Brasil”, disse. O presidente ainda anunciou que vai viajar, a partir desta terça-feira, 28, para várias cidades do Brasil, fazendo entregas de obras e “mostrando o que está acontecendo”.


Fonte: Jovem Pan

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