Bolsonaro critica quem diz ser melhor comprar feijão do que fuzil: ‘Se não quer comprar, não enche o saco’

Jair Bolsonaro aproveitou para fazer um novo apelo para a economia de energia elétrica

O presidente Jair Bolsonaro rebateu, nesta sexta-feira, 27, as críticas ao fato de o governo trabalhar para facilitar a compra de armamentos enquanto o preço dos alimentos continua subindo no país. De fato, ao mesmo tempo que garante que fez tudo que estava ao seu alcance para aumentar o número de armas nas mãos dos brasileiros, Bolsonaro afirma que não têm alternativas para solucionar o problema da inflação. Ele pede, no entanto, que a população se sacrifique e economize energia elétrica. O presidente ataca aqueles que defendem que, neste momento, o Estado brasileiro trabalhe para garantir o acesso a alimentos e não a armamentos. “Tudo que eu poderia fazer por decreto, portaria de ministros, eu fiz. Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Daí tem um idiota que diz: ‘Ah, tem que comprar feijão”. Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar”, afirmou.

Diante da crise hidrológica, a possibilidade de apagão acendeu o sinal de alerta no governo federal — mas não pelo reflexo nas contas do cidadão e sim pelo impacto na popularidade do presidente. Os últimos apagões registrados no país, em 1999, impactaram diretamente na popularidade do então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, e contribuíram para a eleição do ex-presidente Lula. Nesta última semana, Bolsonaro mostrou preocupação em relação a essa questão em diversas oportunidades — a última, em conversa com apoiadores nesta sexta-feira. “Temos problemas? Temos. Eu não quero inflação alta, mas não basta querer. Tem coisa que não depende da gente. Ontem eu fiz um apelo: ‘Vamos apagar um ponto de luz em casa, pessoal. Ajude na economia da energia””, pediu. De acordo com o IBGE, a inflação oficial do país registrou alta de 0,96% em julho, chegando a 8,99% no acumulado dos últimos 12 meses. Esse é o maior percentual desde maio de 2016, quando estava em 9,32%. Os dados mostram ainda que a inflação para a alimentação em domicílio mais que dobrou entre os meses de junho e julho deste ano.


Fonte: Jovem Pan

Comentários