Bolsonaro nega envolvimento em possível troca de Tite na seleção: ‘Estou fora dessa’

Jair Bolsonaro disse que não pediu para que a CBF demitisse o técnico Tite

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta segunda-feira, 7, que não conversou com Rogério Caboclo para pedir que Tite deixasse o comando da seleção brasileira, conforme publicado pelo “Ge.com” no último domingo. De acordo com o Chefe do Executivo, sua única participação no assunto Copa América foi a contribuição para que o Brasil viesse a se tornar sede do torneio após a desistência da Argentina. A competição está marcada para começar no próximo dia 13 com a partida entre a Canarinho e a Venezuela, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. “A minha participação na Copa América é abrir o Brasil para que ela fosse organizada aqui. Já tem os quatro Estados acertados, tudo certinho. No tocante a jogador, técnico, estou fora dessa, não tenho nada a ver com isso aí”, afirmou Jair Bolsonaro em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada. “Cada um tem na sua cabeça uma seleção e um técnico. Eu tenho a minha também, só que a minha eu falo com meus amigos. Nem para vocês eu falo, estão gravando aqui”, completou nesta manhã quando falou com apoiadores.

Nas redes sociais, muitos apoiadores de Bolsonaro pediram a demissão de Tite, que fez críticas veladas à realização da Copa América no Brasil e prometeu esclarecer sua posição após os dois jogos das Eliminatórias – o último será na terça-feira, 8, contra o Paraguai, em Assunção. Já o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, tratou de atacar o técnico também na manhã de hoje. “O técnico, ele não quer mais, não quer, o Cuiabá está precisando de um técnico, aí, não tá? Então leva lá, sai, pede o boné. Acho que isso é uma discussão, neste momento, totalmente disfuncional”, declarou o general em entrevista coletiva.

Conforme a apuração da Jovem Pan, a seleção brasileira irá disputar a Copa América, mesmo após a declaração do capitão Casemiro e os rumores de um possível boicote. De acordo com o repórter Rodrigo Viga, o afastamento de Rogério Caboclo da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que deixa o cargo provisoriamente após acusações de assédio sexual e moral, aliviou o clima entre os atletas, comissão técnica e dirigentes. Apesar disso, o elenco irá manifestar a sua insatisfação com a realização do torneio, que mudou de sede na última semana após as desistências de Argentina e Colômbia. A ideia é que o plantel se pronuncie oficialmente após o jogo contra o Paraguai.


Fonte: Jovem Pan

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