O presidente Jair Bolsonaro sugere que a população cobre o auxílio emergencial dos responsáveis pelo que chama de “política do fica em casa e a economia a gente vê depois”. Em conversa com apoiadores nesta sexta-feira, 11, ele lembrou que o benefício implica em endividamento e que tanto prefeitos como governadores também podem comprometer as contas para garantir o pagamento. Bolsonaro afirmou que com o ‘desajuste’ fiscal, vem o que chamou de “inflação galopante”, e quem paga a conta é o cidadão. “Qual país da América do Sul adotou auxílio emergencial? Nós botamos por cinco meses de R$ 600 e quatro de R$ 300 e quando termina dão porrada em mim. Cobra de quem determinou ficar em casa, fechou comércio e acabou com o seu emprego. Cobre dos governadores, os governadores podem dar auxílio emergencial, eles podem se endividar também porque o governo está se endividando, até quando vai durar isso daí.”
O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, defende que o governo encontre meios para garantir o pagamento de uma nova rodada do benefício, mesmo que a decisão seja vista negativamente pelos investidores. Segundo ele, o Brasil ‘não pode ser escravo do mercado’. Mourão acredita que em três ou quatro meses o país já será capaz de começar um processo de imunização consistente, o que ajudará na recuperação da economia e na criação de postos de trabalho. “A gente não pode ser escravo do mercado. Então tem que entender o seguinte, temos uns 40 milhões de brasileiros que estão em uma situação muito difícil. Então o presidente é obrigado a decidir alguma forma de auxiliar essa gente, se ele disser que não vai auxiliar, vai tomar pau. Se falar que vai auxiliar, vai tomar pau também. Julgo que ele vai tomar a melhor solução.”
Fonte: Jovem Pan