O presidente Jair Bolsonaro xingou o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em evento realizado em Santa Catarina nesta sexta-feira, 6, o mandatário afirmou que não se pode confiar no STF que estava, segundo ele, está “trabalhando para garantir a vitória do ex-presidente Lula” nas eleições de 2022. “Parte do nosso Supremo quer a volta da corrupção e da impunidade”, disse na ocasião. Nesta semana, o presidente do STF, Luiz Fux, foi duro quando cobrou uma mudança de postura de Bolsonaro, que manteve o discurso de ataque ao ministro Luis Roberto Barroso e ao Tribunal. Bolsonaro afirmou que não esta preocupado em se manter no cargo, mas alertou que “só Deus” o tira da cadeira presidencial. Ele defendeu a realização das eleições, mas afirmou que é “preciso ter eleições limpas”. “Não ofendi nenhum ministro do Supremo, apenas falei a ficha do senhor Barroso. Ele deveria se orgulhar e ouvir da minha parte a verdade. É ele que fala que as urnas são invioláveis. O termo mais adequar seria impenetrável”, afirmou, em nova crítica ao sistema eleitoral.
Além de protagonizar mais um capítulo de embates com o Poder Judiciário, Jair Bolsonaro voltou a defender que a necessidade de garantir a liberdade da população. Ele criticou as medidas de isolamento tomadas pelos governadores. Segundo ele, as medidas teriam tirado o direito da população ir e vir. “Como é fácil impor uma ditadura no Brasil. Vemos em municípios os guardas municipais mantendo as pessoas dentro de casa. Como é fácil impor uma ditadura no Brasil. Imagina, eu, presidente da República, com as Forças Armadas nas mãos decretando lockdown em todo o Brasil”, disse o presidente, que também teceu críticas à CPI da Covid-19 no Senado Federal. Neste sábado, 7, o presidente vai participar de uma motociata em Florianópolis.
Fonte: Jovem Pan