Boulos: Periferia não é para comer pastel, abraçar criança e fazer promessa falsa

Boulos pretende divulgar na quarta-feira (18) uma frente ampla por justiça social em São Paulo em defesa da democracia

O candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, acredita que uma onda de esperança e de mudança paira sobre a cidade nessas eleições municipais. “Fui para o segundo turno com 17 segundos de propaganda contra quase 4 minutos de Bruno Covas. Conseguimos ter mais de um milhão de votos. Apenas 30% da cidade votou pela continuidade do governo Doria e Covas. Nem todos votaram em mim, mas as urnas mostraram que 70% não querem mais”, disse. Boulos lembrou que Bruno Covas foi vice do governador João Doria e só assumiu o cargo porque Doria “abandonou a cidade”. Boulos ressaltou que mora no Campo Limpo e que, para ele, a periferia não é um número ou um lugar que político visita a cada 4 anos, come pastel, abraça criancinha e faz promessa falsa. “É a realidade que eu vivo e vai ser o centro do meu governo.”

Para Guilherme Boulos, o discurso de “radicalismo” que o candidato Bruno Covas usa contra ele revela desespero. “Ele achou que a eleição estava ganha, entrou de salto alto. Quando viu que tivemos uma porcentagem expressiva e ele teve menos do que as pesquisas apontavam, ele agiu com cerca raiva. O discurso pós-apuração foi com muita raiva”, justificou. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Boulos atribuiu outro significado ao termo. “Radicalismo não é lutar para que as pessoas tenham moradia com dignidade, a causa que me dedico com orgulho há 20 anos. Não é lutar por direitos sociais, desigualdade. Radicalismo é a cidade mais rica da América Latina revirar o lixo para comer e ter tanta gente morando nas ruas. Uma desigualdade histórica e que foi aprofundada por um governo elitista que governa de costas para a periferia.”


Fonte: Jovem Pan

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