Braga Netto defende união, respeito às urnas e independência entre poderes

Diante da pressão internacional, ele lembrou inclusive que os militares estão realizando um trabalho importante também na Amazônia

Às vésperas do início dos trabalhos da CPI da Covid-19 no Senado Federal, e já contando com uma artilharia pesada contra o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto, defendeu a necessidade de união. Ele rechaçou qualquer movimento que tenha como objetivo limitar a liberdade da população e lembrou que é preciso respeitar decisões da sociedade. “Enganam-se aqueles que acreditam estarmos sob um terreno fértil para iniciativas que possam colocar em risco a liberdade conquistada por nossa nação. É preciso respeitar o rito democrático e o projeto escolhido pela maioria dos brasileiros para conduzir os destinos do país”, disse. Durante transmissão do comando do Exército, o ministro citou o trabalho que está sendo realizado pelas Forças Armadas no combate à Covid-19 e ressaltou que a meta é trabalhar pelo bem estar nacional. “O momento requer um maior esforço de união nacional, com foco no combate à pandemia e no apoio à vacinação. Hoje, o país precisa estar unido contra qualquer tipo de iniciativa de desestabilização institucional que altere o equilíbrio entre os poderes e prejudique a prosperidade do Brasil.”

Braga Netto ainda ressaltou que as Forças Armadas estão prontas para servir nesse momento de tensões e incertezas, que colocam em xeque a independência e harmonia das instituições. Diante da pressão internacional, ele lembrou inclusive que os militares estão realizando um trabalho importante também na Amazônia. “A gestão ambiental, as discussões a respeito da conservação do bioma Amazônia voltaram à temática nacional e internacional, mas os brasileiros que estão presentes na região sabem que a floresta continua de pé, ninguém melhor que as Forças Armadas para conservá-la, exigindo a prontidão de um trabalho árduo e contínuo”, afirmou.  O discurso agradou o presidente Bolsonaro, que aprova um posicionamento mais firme do Exército para defesa do governo federal. Braga Netto substituiu Fernando Azevedo, que se negou a fazer trocas nos comandos das Forças Armadas defendidas pelo presidente da República. Apesar de negar qualquer tipo de crise, foi a primeira vez na história que todos os comandantes, do Exército, Marinha e Aeronáutica foram substituídos ao mesmo tempo.


Fonte: Jovem Pan

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