O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, disse nesta quarta-feira, 12, que recomendou às Forças Armadas que deixem de usar verbas na compra de bebidas alcoólicas. Em audiência na Câmara, o ministro foi questionado pelos deputados Elias Vaz (PSB) e Kim Kataguiri (DEM) sobre a aquisição de 80 mil cervejas, além de conhaque e uísque 12 anos pelos militares. O caso foi denunciado à Procuradoria-Geral da República (PGR). Braga Netto reconheceu que as celebrações entre militares vão continuar, mas sem gasto de dinheiro público. “Nós já fizemos uma recomendação para que isso seja evitado, já foi evitado isso daí. Não vou comentar situações que ocorreram no passado. Tem confraternizações, o pessoal vai para uma atividade estressante, quando eles voltavam tinha uma confraternização. Isso é feito com contribuição de cada um.”
Walter Braga Netto classificou como equívoco comparar mortes pela Covid-19 a um “genocídio” e voltou a negar a existência de vagas ociosas em hospitais do Exército. “Discordo do senhor com relação a algumas afirmação que o senhor fez, primeiro a palavra genocídio usada pelo senhor é completamente equivocada. Tem que ver no Aurélio o significado da palavragenocídio, é direcionado a determinada raça. O que houve é que temos uma crise de saúde, que não é brasileira, ela é mundial. E o Brasil tanto está gerenciando bem a pandemia que já somos o quarto país na questão de vacinas. A questão da logística do Pazuello eu não vou entrar no mérito porque é assunto de CPI, mas o Pazuello fez uma logística, as vacinas que estão hoje foram adquiridas pelo trabalho da equipe que ele gerenciava”, disse. O ministro Walter Braga Neto não quis comentar declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre o papel dos militares, mas reforçou que as Forças Armadas não interferem na política.
Fonte: Jovem Pan