O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quarta-feira, 14, que está aguardando uma “sinalização” do povo para “tomar providências” a respeito da crise econômica decorrente da pandemia do coronavírus no Brasil. O presidente citou o estudo realizado pelo Instituto de Estudos Latino-Americanos da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, que mostrou que 59,4% dos brasileiros vivem em situação de insegurança alimentar. Os dados foram coletados entre agosto e dezembro de 2020. “O Brasil está no limite. O pessoal fala que eu devo tomar providências. Eu estou aguardando o povo dar uma sinalização. Porque a fome, a miséria e o desemprego estão aí. Não vê quem não quer”, disse o presidente a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada. Bolsonaro não especificou quais medidas poderiam ser tomadas.
O presidente também comentou sobre a notícia-crime apresentada pelo advogado André Magalhães Barros alegando que ele praticou um genocídio contra indígenas durante a pandemia da Covid-19 no País. A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia pediu para que o presidente da Corte, Luiz Fux, inclua o julgamento da notícia-crime na pauta. Os magistrados devem decidir se a Procuradoria-Geral da República deve abrir ou não inquérito sobre a atuação do presidente. “Amigos do Supremo Tribunal Federal, daqui a pouco vamos ter uma crise enorme aqui. Vi que um ministro despachou um processo pra me julgar por genocídio. Olha, quem fechou tudo e está com a política na mão não sou eu”, afirmou Bolsonaro após uma série de críticas a prefeitos e governadores. “Agora, não quero brigar com ninguém, mas estamos na iminência de ter um problema sério no Brasil. O que vai nascer disso tudo? Onde vamos chegar? Parece que é um barril de pólvora que está ai”, completou o presidente. Antes de se despedir dos apoiadores, Bolsonaro reforçou: “Eu faço o que o povo quiser que eu faça”.
Fonte: Jovem Pan