Responsável por dar três medalhas ao Brasil nas Olimpíadas de Tóquio-2020, o boxe segue sendo uma potência no país. Nesta quinta-feira, 4, Keno Marley, o único brasileiro vivo no Mundial de Boxe de Belgrado, na Sérvia, avançou à final na categoria até 86 kg, ao derrotar o belga Victor Schelstraete, por pontos, após três assaltos. Com a vitória, o baiano garantiu US$ 50 mil (R$ 278,9 mil) de premiação e vai disputar o ouro nesta sexta-feira, 5, diante de Lauren Alfonso Domingues, cubano naturalizado do Azerbaijão. Na luta, o atleta de 21 anos até teve dificuldade no primeiro round, mas conseguiu acertar a distância do rival e se impôs nos dois assaltos finais.
Nos Jogos de Tóquio, Keno acabou ficando sem medalha ao ser derrotado pelo britânico Benjamin Whittaker, em decisão bastante polêmica dos jurados. Ele, no entanto, foi campeão olímpico da juventude em 2018 e prata nos Jogos Pan-Americanos de 2019, demonstrando ter um futuro ainda muito promissor na modalidade. O Mundial, que contou com a participação de 508 atletas, de 88 países, vai até sábado e nesta edição a novidade do Mundial é que a Associação Internacional de Boxe (AIBA, na sigla em inglês) vai distribuir US$ 2,6 milhões (R$ 14,6 milhões na cotação atual) aos medalhistas. O ouro vale US$ 100 mil (R$ 558,1 mil), a prata representa US$ 50 mil (278,9 mil) e o bronze garante US$ 25 mil (R$ 139,4 mil).
Vale lembrar que o boxe brasileiro está em alta. Nas Olimpíadas de Tóquio, os representantes do Brasil fizeram a melhor campanha do país em uma edição de Jogos, conquistando um ouro, uma prata e um bronze. No masculino, Hebert Conceição foi campeão na categoria até 75 kg com um nocaute espetacular, enquanto Abner Teixeira ficou na terceira posição no peso pesado. Já no feminino, Bia Ferreira ficou com o vice no peso leve após ser derrotada pela irlandesa Kellie Harrington, em decisão polêmico e que revoltou a torcida brasileira.
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Fonte: Jovem Pan