Brasileiros buscam por maconha no Uruguai para ‘relaxar’ em final da Libertadores

Palmeira e Flamengo disputam a final da Libertadores em Montevidéu, Uruguai

Uma das perguntas que os funcionários da farmácia Antártida, no centro de Montevidéu, mais ouviram nos últimos dias foi: “Como faço para comprar maconha?”. O questionamento partiu de torcedores brasileiros que estão na capital uruguaia para acompanhar a final da Copa Libertadores entre Flamengo e Palmeiras, neste sábado, 27, no Centenário. A decisão continental impulsionou a busca pela cannabis no Uruguai, primeiro país do mundo a legalizar o cultivo e consumo da erva. Alguns torcedores contaram que queriam “relaxar” antes do jogo. Os brasileiros que foram às farmácias em busca de maconha se decepcionaram porque a droga não é vendida a estrangeiros no país. Segundo a lei que o Parlamento do Uruguai aprovou em 2013, a aquisição da maconha, por qualquer de suas vias, está restrita a uruguaios maiores de 18 anos ou residentes legais no país.

Dessa maneira, o jeito para flamenguistas e palmeirenses que queriam experimentar a cannabis uruguaia foi consegui-la com residentes do país vizinho. Uma comunicação rápida com uruguaios foi suficiente para constatar que os turistas conseguiam adquirir legalmente a droga de pessoas cadastradas no sistema do governo. Na Avenida 18 de Julio, via mais famosa e movimentada em Montevidéu, era comum ver torcedores informais oferecendo a erva para turistas num mercado informal. Ela possui níveis de THC, o componente psicoativo da droga, superiores aos da maconha comercializada na farmácia. O governo não permite que a porcentagem seja maior do que 9%. “O que chama a atenção é a qualidade, o preço da maconha uruguaia e a tranquilidade de fumar na rua sem se preocupar com a fiscalização”, conta um torcedor rubro-negro que falou sob anonimato ao Estadão.


Fonte: Jovem Pan

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