Jonathan Calleri foi apresentado como novo reforço do São Paulo na tarde desta quarta-feira, 8, no CT da Barra Funda. De volta ao clube após cinco anos, o atacante recebeu a camisa 30 do presidente Júlio Casares. Vivendo a expectativa de reestrear pelo Tricolor, o argentino admitiu que não está 100% fisicamente e não revelou se estará em campo na partida contra o Fluminense, marcada para o domingo, 12, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. “Eu sempre quero jogar, mas tenho que ser consciente que faz quatro meses que não treino em uma equipe profissional, que não estou no dia a dia com o elenco. Vou estrear quando estiver bem fisicamente. Esses dias treinei com parte do grupo, vou fazer uma semana de treinos constantes, e vou seguir trabalhando para ajudar a equipe quando Crespo necessitar”, disse.
Calleri, desta vez, volta a um São Paulo com graves problemas financeiros. Além de acumular R$ 600 milhões em dívidas, o Tricolor deve a alguns atletas do elenco, como o lateral direito Daniel Alves. O centroavante, no entanto, afirmou que não teme ficar sem receber. “Não (risos). O dinheiro hoje é secundário, eu venho aqui jogar e ficar feliz. É o que mais quero, voltar a jogar e me sentir um jogador importante. Isso de contrato não depende de mim, tem que perguntar para os dirigentes, e que me paguem quando têm que pagar. É um contrato firmado, bastante aceitável, e vou jogar para demonstrar para todos que posso ser outra vez o jogador que já fui”, comentou.
Após deixar o São Paulo, Calleri teve passagens discretas por alguns clubes da Europa, como o West Ham, da Inglaterra, além de Las Palmas, Alavés, Espanyol e Osasuna, da Espanha. Agora, ele espera contribuir com sua experiência. “Quero agradecer os dirigentes e torcedores, que durante esses cinco anos que passaram, sempre mandavam mensagens de carinho. Nunca se esqueceram de mim, e quero agradecer eles por me bancar todos esses anos. Eu sou uma pessoa que nunca se conforma com o que faz. Quando estive aqui em 2016 tive uma média de gol alta, mas acredito que podia ter feito mais. Hoje sou outro tipo de jogador, antes não pensava tanto no que eu faço, mas agora tenho mais experiência. Eu não joguei em nenhuma equipe grande, a última foi o São Paulo. Não é a mesma coisa jogar em um clube pequeno na Inglaterra ou na Espanha do que aqui, um time que se propõe a atacar. Estou feliz em voltar, acredito que era o momento”, analisou.
Fonte: Jovem Pan