Citada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, como órgão responsável por analisar a vacinação de crianças de 5 a 11 anos, a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) já deu parecer favorável à imunização do público infantil. Em reunião que ocorreu na sexta-feira, 17, os integrantes do colegiado recomendaram, de forma unânime, a aplicação da vacina da Pfizer em pessoas desta faixa etária – a medida foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na quinta-feira, 16. Em nota divulgada após o titular da pasta afirmar, no sábado, 18, que o tema requeria uma “análise mais aprofundada”, a CTAI destaca que 301 crianças de 5 a 11 anos morreram por complicações da Covid-19 desde o início da pandemia.
No início da tarde do sábado, 18, Marcelo Queiroga afirmou, em coletiva de imprensa, que a decisão sobre a vacinação de crianças só será tomada no dia 5 de janeiro. De acordo com o ministro, o prazo foi estipulado para que a CTAI pudesse “oferecer as suas opiniões e o seu documento técnico” sobre o assunto. Na sequência, ainda segundo o titular da pasta, será realizada uma audiência pública para debater o tema. “No dia 4 de janeiro, faremos uma audiência pública no Ministério da Saúde para discutir o que foi oferecido em consulta pública, que, em adição ao posicionamento da CTAI, servirá de base para decisão final do Ministério da Saúde”, explicou o ministro.
“Dados preliminares mostram, portanto, um risco substancialmente menor deste evento adverso comparado com o risco previamente observado em adolescentes e adultos jovens após a vacinação. Ou seja, os benefícios são muito maiores do que os riscos, pilar central de avaliação de qualquer vacina incorporada pelos diversos programas de vacinação, seja no Brasil ou no mundo”, diz a nota da CTAI. Em outro trecho, o órgão destaca que “espera que o Ministério da Saúde acate o posicionamento obtido por unanimidade e defina as estratégias para a operacionalização mais adequada da vacinação desse grupo etário, a fim de alcançar a maior cobertura, no menor tempo possível”.
Fonte: Jovem Pan