A CPI da Covid-19 deve se debruçar ao longo desta semana sobre as denúncias de irregularidades na compra de vacinas por parte do Ministério da Saúde. As suspeita surgiram após o depoimento do deputado federal Luis Miranda, que compareceu ao Senado Federal ao lado do irmão, o servidor da Saúde Luís Ricardo Miranda, na última semana de junho. Na terça-feira, 6, a CPI deve ouvir Regina Célia Silva Oliveira, também funcionária da Saúde, que é apontada como responsável por autorizar e fiscalizar a importação do imunizante Covaxin, mesmo diante das divergências em relação ao contrato inicial. Na quarta-feira será a vez de ouvir o ex-servidor da Saúde, Roberto Dias, acusado de pedir propina de um dólar por dose de vacina para fechar o contrato com um vendedor de vacinas. Dias foi exonerado do cargo na última semana, menos de 24 horas depois de ser alvo da denúncia. Além dele, a diretora de Integridade do Ministério da Saúde, Carolina Palhares Lima, também vai prestar depoimento aos senadores, com oitiva marcada para a quinta-feira. Ela é responsável por fiscalizar internamente os atos da pasta e terá que explicar questões polêmicas que envolvem alguns dos contratos firmados desde o início da pandemia. Por fim, na sexta-feira, retorna ao colegiado o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, para uma sessão secreta. Ele promete falar sobre a interferência do governo federal no combate à pandemia no Estado.
Fonte: Jovem Pan