O coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 em São Paulo, Paulo Menezes, confirmou, nesta quarta-feira, 31, que foi identificado uma variante do coronavírus semelhante à sul-africana em Sorocaba, São Paulo. “A informação que nós temos é da identificação de um caso da variante sul-africana. Não é uma variante nova, mas ela é nova no Brasil”, disse Menezes. Durante coletiva de imprensa do Palácio dos Bandeirantes, o diretor-presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, explicou que, apesar do material genético ser semelhante ao da B.1.351, da África do Sul, é possível que o vírus seja uma evolução da variante brasileira, a P.1. Isso porque o paciente com Covid-19 não tem histórico de viagem e também não se encontrou pessoas que viajaram para fora do Brasil.
“De fato, ontem nós terminamos a análise do material genético da rede de laboratórios com o Butantan e com os universitários que estão fazendo esse trabalho, e, em Sorocaba, foi identificada uma nova variante. É uma variante que se assemelha à variante da África do Sul, embora não haja histórico de viagem ou de contato com viajantes da África do Sul. Por tanto, também existe a possibilidade de que seja já uma evolução da nossa P1 em direção a essa mutação sul-africana”, explica Dimas. “É uma variante que já tem algumas assinaturas um pouco diferente da variante original, o que indica uma provável origem local a partir da variante P.1”, completou. Se for confirmada a hipótese de uma nova variante, o diretor do Instituto Butantan afirma que é preciso analisar a real incidência da cepa. “Se for apenas um caso, vamos manter as medidas que estão em andamento. Fora isso, acompanhamento genômico de outros locais, sequenciamento genético, para a observação do surgimento dessas variantes”, disse. Segundo ele, o surgimento de variantes nesse momento é esperado.
Fonte: Jovem Pan