O vereador Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho, foi indiciado nesta segunda-feira, 3, pela Polícia Civil do Rio de Janeiro pela morte do menino Heny Borel. O parlamentar foi acusado por homicídio duplamente qualificado, com tortura e sem chance de defesa da vítima. A mãe da criança, professora Monique Medeiros, também foi indiciada pela morte do próprio filho. Para a polícia fluminense, não há dúvidas do envolvimento do casal na morte do menino. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a criança foi morta por agressões que deixaram inúmeras lesões, lacerações e hematomas internos. Henry Borel faleceu no dia 8 de março. Nos últimos dias, da prisão, Monique Medeiros escreveu cartas admitindo que mentiu no depoimento e disse que foi coagida por Jairinho para criar uma versão sobre a morte do menino. Ela tentava forçar um novo depoimento à Polícia do Rio de Janeiro antes da conclusão do inquérito.
A advogada da professora disse à Jovem Pan, nesta segunda, que não teve acesso ao inquérito. Já o advogado do vereador considerou a decisão da polícia açodada e acrescentou que a verdade, em breve, virá a tona. No entanto, essa não foi a única derrota de Jairinho nas últimas horas. O parlamentar virou réu no Tribunal de Justiça em um processo que investiga agressões e tortura praticada nos anos de 2011 e 2012 contra uma menina de 4 anos, filha de uma então namorada dele. Se condenado, o político pode ser punido com até 10 anos e 8 meses de prisão. Ao mesmo tempo, o Comitê de Ética da Câmara do Rio de Janeiro se reúne nesta terça-feira para escolher o relator do processo de cassação do vereador. O conselho é formado por sete vereadores.
Fonte: Jovem Pan