Jairo Souza Santos Junior, mais conhecido como Dr. Jairinho, foi preso na manhã desta quinta-feira, 8, acusado de homicídio duplamente qualificado do menino Henry Borel, de quatro anos, morto há um mês. O médico, de 44 anos, nasceu em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Apesar da formação em medicina, ele nunca exerceu a profissão. Jairinho seguiu os passos de seu pai, coronel Jairo, na carreira política. Deputado estadual do Rio de 2002 a 2018, o coronel é suspeito de envolvimento com milícias. Em novembro de 2018, ele foi preso pela Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Furna da Onça, que investigou deputados estaduais supostamente envolvidos em esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos e mão de obra terceirizada em órgãos da administração estadual. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Jairo recebia R$ 50 mil por mês para votar projetos da bancada do ex-governador Sérgio Cabral (MDB). O nome de Jairo também foi citada no relatório de movimentações suspeitas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Seu filho Jairinho entrou na polícia em 2004, aos 27 anos, e foi o vereador mais votado do PSC, com 24 mil votos. Em 2008, ele foi reeleito. Em 2012, ainda pelo PSC, o médico recebeu 43.181 votos. Ele foi eleito vereador em 2016 pelo PMDB e reeleito em 2020 pelo Solidariedade. Durante seus cinco mandatos, o vereador foi presidente da Comissão de Educação, vice-presidente da Comissão de Saúde, presidente da Comissão Especial do Plano Diretor do Município e 1º Suplente da Mesa Diretora. Ele também foi um dos líderes do governo de Marcelo Crivella (Republicanos). Em 2020, Jairinho apoiou a campanha do opositor de Crivella, o atual prefeito Eduardo Paes (DEM). Jairinho passou a integrar o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar na Câmara dos Vereadores três dias após a morte de Henry.
Fonte: Jovem Pan