O Instituto de Saúde Pública (ISP) do Chile autorizou, nesta segunda-feira, 6, o uso emergencial da CoronaVac em crianças com mais de seis anos. A medida foi autorizada após estudos realizados por especialistas da Sociedade Chilena de Pediatria e da Sociedade Chilena de Infectologia, além do ISP. Segundo os pesquisadores, embora as crianças sejam menos suscetíveis à doença – entre 40% e 47% desenvolvem infecções assintomáticas -, é aconselhável vaciná-las, pois existe o risco de desenvolverem casos graves. Cerca de 12% dos infectados neste grupo requer hospitalização. Outra razão para imunização é que as crianças são transmissoras do vírus. A CoronaVac é o segundo imunizante utilizado em menores de 18 anos no Chile, após a autorização, em junho, para o uso da Pfizer na população com idades entre 12 e 17 anos.
Segundo o diretor do ISP, Heriberto García, caberá ao Ministério da Saúde decidir a estratégia de vacinação. “Aprovamos o uso do Coronavac desde os seis anos de idade para proporcionar maior uso, maior proteção aos nossos filhos, protegendo nossos filhos, protegemos os adultos, suas famílias e estamos gerando um escudo. Os dados mostram que as crianças estão aumentando o número de infectados porque são aquelas que não estão vacinadas. Nessa faixa etária existem crianças que são transplantadas, crianças que precisam do uso da vacina, crianças imunossuprimidas e por isso, é muito necessário expandir a faixa etária “, disse ele.
Além da saúde física, há o impacto psicológico e social causado pela pandemia em crianças e adolescentes. Para as autoridades chilenas, a vacinação permitiria a retomada gradual às atividades, como retornar à escola com mais segurança. Em relação às crianças menores de seis anos, os especialistas indicaram que ainda faltam informações sobre a vacina para se tomar uma decisão sobre seu uso, principalmente quanto à imunogenicidade e eficácia. Para isso, são aguardados os resultados de estudo clínico que acontece em várias cidades do país, patrocinado pela Pontificia Universidad Católica de Chile – em que participa a Universidad San Sebastián – e realizado por meio de parceria entre diversos hospitais e centros clínicos.
Fonte: Jovem Pan